Arquidiocese de Mariana
Atingidos pelo Rompimento das Barragens

15/dez/2012
Missão da Igreja foi refletida pelos seminaristas da Província Eclesiástica de Mariana

Entre os dias 10 e 13 de dezembro, 35 seminaristas da Província Eclesiástica de Mariana participaram de um encontro sobre a missão da Igreja e os desafios hoje, assessorado pelo secretário da Pontifícia União Missionária, padre Jaime Carlos Patias. Da Arquidiocese de Mariana estiveram presentes 20 seminaristas, 5 das Dioceses de Itabira-Coronel Fabriciano, 5 de Caratinga, 3 de Governador Valadares e 2 de Leopoldina, que participaram deste encontro pelos laços com o bispo de Leopoldina, dom José Eudes Campos, que foi padre do clero marianense.

Padre Jaime retomando os diversos documentos do magistério da Igreja ressaltou que ela é por natureza e identidade missionária (cf. AG 2) e esta identidade constitui uma vocação, que tem sua origem no Deus Trindade. “O que leva o missionário a caminhar é o Evangelho. Quem conhece a Boa Notícia não a guarda para si”, enfatizou.

Ao abordar os desafios atuais para o processo de evangelização todo o grupo foi unânime ao concluir que no mundo de hoje precisa-se de sensibilidade e compaixão. Com o aumento das possibilidades e avanços se perde cada dia mais a humanidade. Há uma insensibilidade muito grande, por isso é preciso recordar e se educar para a compaixão e a solidariedade. Apesar dos desafios, o processo de evangelização continua sendo fermento na massa, como lembra o documento de Aparecida. “A Igreja está a serviço da realização da Cidade Santa, através da proclamação e da vivência da Palavra, da celebração da liturgia, da comunhão fraterna e do serviço, especialmente aos mais pobres e aos que mais sofrem e, dessa forma, através de Cristo como fermento do Reino vai transformando a cidade atual” (DAp 516).

José Henrique Coêlho, seminarista da Arquidiocese de Mariana, disse que “refletir sobre a missão e os ensinamentos de Cristo nos interroga sobre como estamos vivendo o sacramento do batismo e nosso amor-serviço. Mostra-nos a necessidade de sair, ir ao encontro do outro, colocando em prática os ensinamentos do bom Pastor”.

O seminarista da Diocese de Governador Valadares, Ricardo Duarte Borges, considerou que “o verdadeiro cristão é aquele que põe a sua vida em constante missão. Devemos olhar além da torre da Igreja, transcendendo a própria estrutura das paróquias e comunidades”.

Já Elias Garcia, seminarista da Diocese de Caratinga, disse que estava feliz com o encontro, pois foi a “oportunidade de estabelecer vínculos de amizade com os seminaristas de nossa Província, trocar experiências e partilhar nossa vida. Que nós possamos manter a fraternidade cristã, fruto da comunhão trinitária, que nos envolve e impulsiona a missão”.

Quanto aos desafios da evangelização, o seminarista Ueliton Neves da Silva, da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, afirmou que “nós, enquanto Igreja, devemos pensar numa nova forma de estarmos mais inseridos na realidade atual, marcada pela pós-modernidade, marcando presença onde o povo está, falando a sua linguagem e com eles sendo presença viva de Cristo ressuscitado. É preciso pensar e agir diferente em novos tempos e em novas realidades fazendo da nossa vida uma missão que se torna dom e que seja sinal de esperança”, concluiu.

Além dos estudos, assessoria e reflexão; os seminaristas da Província de Mariana puderam confraternizar-se e fortalecerem a amizade. O encontro foi encerrado com uma experiência missionária na comunidade de Santa Efigênia da paróquia Sagrado Coração de Jesus na cidade de Mariana.

Colaborou: Geraldo Trindade

Seminarista da Arquidiocese de Mariana

   

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