Arquidiocese de Mariana
Atingidos pelo Rompimento das Barragens

29/jan/2016
Atingidos fazem manifestação na Assembleia Legislativa em Belo Horizonte

Os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão realizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, nessa quinta-feira, 28 de janeiro, na busca do direito pela participação, de saber o que está sendo decidido no processo, e pela permanência do caso nas mãos do promotor Guilherme de Sá Meneghin.

Militantes do Movimento de Atingidos por Barragem (MAB), acompanharam o ato na capital mineira. Segundo a militando do MAB, Letícia Oliveira, o movimento vai seguir com os contatos junto as lideranças e construir espaços de debate do direitos, desde os direitos que foram garantidos, os que não foram e os que serão garantidos. Uma audiência para debater os pontos do reassentamento está agendada para o dia 22 de fevereiro.

Desde o primeiro momento da tragédia, que matou 17 pessoas e jogou toneladas de lama no Rio Doce e alguns afluentes, a Arquidiocese de Mariana está acompanhando as famílias atingidas e auxiliando as ações do MAB. Além de celebrações, abertura de uma conta para doações, da reunião junto as dioceses da bacia, um seminário, que irá fazer uma conjuntura após o rompimento da barragem e seus desdobramentos, está sendo preparado para março.

Mutirão de visitas

Entre os dias 21 a 25 de janeiro lideranças pastorais da Arquidiocese e membros MAB realizaram um mutirão de visitas, com um dia de formação, as famílias atingidas. Essa ação teve como objetivo mostrar para as famílias a importância do trabalho do MAB junto aos atingidos e a necessidade de buscar os seus direitos.

Barra Longa

Em Barra Longa, cidade que também foi atingida, a principal questão é o reassentamento e que os direitos emergenciais não foram garantidos. “Foi feito um levantamento de que 108 famílias que deveriam ter acesso a verba de manutenção e não estão tendo. Esse levantamento foi entregue a empresa, que ficou de dar a resposta. O principal ponto é o reassentamento, porque a empresa não disse que ia reassentar lá. O pessoal de Gesteiras, Morro Vermelho, Volta da Capela estão com casas em condições ruins e que a empresa disse que vai apenas reformar. As casas estão ficam trincadas, rachadas, um muro já caiu e tiveram os quintais atingidos. A empresa disse que no momento vai fazer a reforma e algumas pontes já foram reconstruídos”, explica Letícia.

   

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