De modo especial, em comemoração ao Ano Sacerdotal, a Catedral da Sé de Mariana, em Mariana, recebeu, no último sábado, 27, centenas de padres e fiéis de toda a Arquidiocese para celebrar a Missa da Unidade, ocasião em que os presbíteros renovam suas promessas sacerdotais. Na mesma manhã, logo após a celebração presidida pelo arcebispo metropolitano, dom Geraldo Lyrio Rocha, aconteceu uma sessão solene do Tribunal Eclesiástico com o intuito abrir o processo de beatificação e canonização do monsenhor Horta.
Dom Geraldo, feliz pela presença dos presbíteros e diáconos, esboçou o significado de celebrar este dia, a festa da unidade entre os cristãos. “A celebração da Unidade expressa o grande mistério da Igreja de Cristo: corpo místico do Senhor. Bispos, presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, cristãos; leigos e leigas, formamos um só corpo, o corpo de Cristo. Que o Senhor nos dê a Graça de viver este mistério de unidade, e, assim, seja a Igreja, fermento de unidade, sinal e sacramento da unidade e que todos sejam um”, comentou o arcebispo em suas primeiras palavras.
Em sua homilia, seguindo este mesmo pensamento de unidade, dom Geraldo recorda que a Eucaristia “é uma ação de toda a Igreja onde cada um deve fazer tudo aquilo e só aquilo que lhe compete, segundo o lugar que ocupa no Povo de Deus”. Para ele, fica a esperança de que este Ano Sacerdotal renove a consciência do “tesouro incomparável que Cristo confiou à sua Igreja: o Sacerdócio ministerial e a Sagrada Eucaristia”.
Concelebraram juntamente com o arcebispo de Mariana, o bispo emérito de Oliveira (MG), dom Francisco Barroso Filho, o viário geral da Arquidiocese, monsenhor Celso Murilo Souza Reis, o pároco da paróquia da Assunção, padre Nédson de Assis e demais presbíteros.
Tribunal Eclesiástico abre processo de beatificação de monsenhor Horta
Logo após a Missa do Crisma, o arcebispo de Mariana se reuniu juntamente com os demais membros do Tribunal Eclesiástico para iniciar o processo da causa de beatificação e canonização do servo de Deus monsenhor José Silvério Horta (1859 – 1933). De acordo com dom Geraldo, a escolha desta data, 27 de março, foi para marcar o Ano Sacerdotal e, desta forma, prestar uma grande homenagem ao clero de Mariana.
Ele ainda lembrou que existem outros processos em andamento como o da leiga Izabel Cristina, que se encontra com a fase diocesana concluída. Outro, no mesmo processo de conclusão é o de dom Viçoso, e neste sábado, foi dado início ao processo de beatificação de um sacerdote do clero marianense.
A próxima sessão do Tribunal acontece no dia 5 de abril, às 15 horas, na sede do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, no Palácio do Gethsemane, em Mariana. Na ocasião, será avaliado o exame da testemunha, Vicente Cândido da Silva.
“Feita a convocação para a próxima sessão deste Tribunal, quero também estabelecer que no dia 20 de cada mês, na igreja das Mercês, em Mariana, junto ao qual está o túmulo de monsenhor Horta, se realize ali uma celebração pedindo a Deus a Graça da canonização de monsenhor Horta”, anunciou dom Geraldo afirmando que, canonização só se alcança com muita prece, pois isso é Graça que Deus concede aos seus Servos e à sua Igreja. O arcebispo, ainda, justificou a escolha desta data por se tratar do nascimento do monsenhor Horta, dia 20 de junho de 1859. O mesmo ocorre no dia 13 de cada mês, na Cartuxa (Mariana), intercedendo pela beatificação de dom Viçoso.
Assim, dom Geraldo declarou por encerrada aquela sessão do Tribunal.