A cidade de Barra Longa ainda não conseguiu contabilizar os estragos provocados pela lama trazida do rompimento das barragens de Fundão e Santarém. Mais de uma semana depois do desastre, os moradores seguem com trabalho pesado e duro na tentativa de retirar todo o barro das ruas e de dentro das casas. O Movimento dos atingidos por barragem (MAB) foi até a cidade neste último sábado, 14 de novembro, para reunir a comunidade atingida com o objetivo de mapear os prejuízos e buscar formas de revitalização.
De início, o MAB aproveitou a oportunidade para explicar um pouco sobre a dinâmica do movimento, ressaltar a importância das lutas pelos direitos, de se questionar o tamanho do estrago e de exigir o reparo aos danos. A relevância da participação da Igreja, neste momento, também foi destacada pelo grupo e pelo padre Wellerson Magno Avelino, da paróquia São José.
Os moradores que participaram da reunião, em sua maioria, eram comerciantes que tiveram os seus estabelecimentos tomados pelos rejeitos, além de trabalhadores rurais que perderam as plantações. Para facilitar o registro do prejuízo foram divididos grupos com o intuito de fazer um levantamento por escrito de tudo que foi perdido, inclusive dos moradores que não puderam estar presente no encontro.
Irene Perpétuo da Cruz Silva é moradora de Barra Longa há 38 anos e perdeu grande parte da mercadoria da loja de utensílios e artesanato da filha. Segundo ela, tudo foi perdido e, além disso as crianças não tem mais lazer com a inundação dos campos de futebol e da praça principal da cidade.“Eu fiquei da meia noite até as três da manhã na rua, o rio começou a encher e depois veio a lama”, conta.
Representantes do Ministério Público também estiveram presentes para esclarecer os direitos dos moradores de Barra Longa e incentivar a união na busca de soluções para os prejuízos. A ideia é manter uma periodicidade de reuniões na cidade para unificar os moradores fazendo com que eles recebam ajuda e tudo o que perderam de volta.
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