Mariana, 25 de setembro de 2015
Circular: GA 03.15
Assunto: Jubileu da Misericórdia
Caríssimos irmãos presbíteros e diáconos,
Aproxima-se a celebração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, instituído pelo Papa Francisco, que terá início no próximo dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição. A abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro marcará simbolicamente o início do Jubileu. No dia 13 de dezembro será a abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, e nas Catedrais do mundo, simbolizando a acolhida misericordiosa da Igreja ao povo. O encerramento do Jubileu da Misericórdia será no dia 20 de novembro de 2016, na Solenidade de Cristo Rei.
Em carta dirigida a Mons. Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o Papa apresenta várias determinações que tenho a grata satisfação de transmitir à Igreja particular de Mariana “a fim de que a celebração do Ano Santo seja para todos os crentes um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus”. Diz o Santo Padre: “Desejo que o Jubileu seja uma experiência viva da proximidade do Pai, como se quiséssemos sentir pessoalmente a sua ternura, para que a fé de cada crente se revigore e assim o testemunho se torne cada vez mais eficaz”.
O Papa espera que a indulgência jubilar chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, e explicita que, para viver e obter a indulgência, os fiéis são chamados a realizar uma peregrinação rumo à Porta Santa, que será aberta em nossa catedral metropolitana. Na Arquidiocese de Mariana, além da catedral basílica, a indulgência poderá ser obtida também nas demais basílicas, nos santuários e nas igrejas que anualmente celebram Jubileu. O Papa Francisco recorda que “é importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia”. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração pelo Papa e por suas intenções.
Com extraordinária sensibilidade de pastor, diz o Papa: “Penso também em quantos, por diversos motivos, estiverem impossibilitados de ir até à Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, que muitas vezes se encontram em condições de não poder sair de casa”. Essas pessoas poderão obter a indulgência do Jubileu, vivendo com fé e esperança esse momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação. E o Papa acrescenta: “O meu pensamento dirige-se também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. Que a todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai. Os presos poderão obter a indulgência “nas capelas dos cárceres, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai”.
O Santo Padre pede “que a Igreja redescubra neste tempo jubilar a riqueza contida nas obras de misericórdia corporais e espirituais. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente obterá sem dúvida a indulgência jubilar”. Também a indulgência jubilar pode ser obtida pelos falecidos. “Assim como os recordamos na celebração eucarística, também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na beatitude sem fim”.
Com grande misericórdia, diz o Papa Francisco: “O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai. Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença”.
O Senhor faça de nós testemunhas e ministros da sua misericórdia.
+Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo Metropolitano
Ao estudar a eclesiologia em comunhão e a Santíssima Trindade, li esse artigo de Dom Geraldo, que posso dizer já se inicia o Jubileu da Misericórdia. Deus o abençoe e a todos os fiéis.
Dom Geraldo sempre com belas palavras!!!!