“Iniciamos a quaresma acolhendo no coração esta palavra que o apóstolo Paulo hoje nos transmite. Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação. E neste tempo favorável nós possamos viver a profunda experiência da reconciliação com Deus. Só se reconcilia com Deus quem se reconcilia com o próximo. Quem alimenta o rancor, a magoa, o ódio, quem rompe com os irmãos, rompe também com Deus. Só se reconcilia com Deus, quem se reconcilia com o próximo. Eis o tempo favorável. O tempo da reconciliação”, disse o arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, na missa das Cinzas, nessa quarta-feira, 10 de fevereiro.
Juntamente com os fiéis, que lotaram a Praça da Sé, em Mariana, Dom Geraldo repetiu o tema da Campanha da Fraternidade 2016 (CF) “Casa Comum, nossa responsabilidade”, abrindo oficialmente a CF na Arquidiocese de Mariana.
Em sua homilia, o arcebispo lembrou que a quaresma deste ano é marcada pelo sentido da misericordia. “Nós estamos celebrando o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, promulgado pelo Papa Francisco. Na fase de Cristo sofredor, nós escondemos os traços misericordiosos do Pai. Que possamos viver a experiência da misericórdia, perdoando os outros, procurando entender a situação de cada um. Afastando de nós atitudes intolerantes. A intolerância as vezes acontece dentro de casa, com os próprios membros da família. Intolerância que se manifesta, as vezes, entre as religiões. É triste quando isso acontece. Que Deus nos ajude. Que neste tempo quaresmal nós possamos experimentar na fé as manifestações da misericórdia de Deus”, ressaltou.
Para Claudiana Magalhães, da paróquia de Nossa Senhora da Assunção, o período da quaresma é um tempo de reflexão. “Este é um momento de olhar para dentro de nós e pensar qual a nossa missão. Todos temos uma missão. Será que estamos vivendo essa missão para cuidar da nossa casa comum? Do nosso planeta?”, conta a participante da missa.
Ao final da celebração, Dom Geraldo lembrou das práticas religiosas que devem ser adotadas na vivencia do Jubileu da Misericórdia. Ele citou também as igrejas da Arquidiocese que os fieis podem peregrinar e receber as indulgências do Ano Santo, assim como as obras de misericórdias, as corporais e as espirituais. “O Papa Francisco, também, em um gesto misericordioso concedeu que os encarcerados possam obter a indulgência passado pela porta da cela da prisão, já que eles não podem visitar uma igreja. E os doente, impossibilitados também, receberão a indulgência no seu próprio leito de enfermidade, unindo-se aos padecimentos de Cristo”, ressaltou o arcebispo.
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