O Centro Arquidiocesano de Pastoral acolheu nessa segunda-feira, 22 de novembro, a reunião de articulação entre o Movimento dos atingidos por Barragem (MAB) e as famílias das vítimas desaparecidas depois do rompimento da barragem de Fundão. O encontro foi um momento de troca de experiências e compartilhamento das histórias das famílias na busca dos seus familiares, após 18 dias sem notícias.
Na conversa, o integrante do MAB, Thiago Alves, relembrou a fala do Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, da necessidade de todos permanecerem unidos na luta pelos direitos e do posicionamento da Igreja em defender as questões dos atingidos. Outro ponto mencionado foi a importância da criação de uma pauta comum entre as famílias para apresentar para a empresa. Na pauta foi proposto os seguintes itens:
1. Direito de enterrar os mortos: continuidade e agilidade nas buscas e que a Samarco repasse recursos ao poder público para arcar com os custos.
2. Acesso à informação, diariamente e de forma irrestrita.
3. Acompanhamento psicológico com profissionais escolhidos pela própria família, com custo pago pela empresa.
4. Que haja séria investigação e que os responsáveis por este crime sejam punidos.
5. Que haja alguma forma de reparação para todas as famílias que perderam seus parentes.
Manifestação
Na sexta-feira, 20 de novembro, as famílias das vítimas desaparecidas protestaram em frente ao escritório da Samarco, em Mariana. Com o objetivo de questionar a informação de que as buscas dos desaparecidos seriam reduzidas e até suspensas. Os familiares levantaram cartazes e exigiram respostas da empresa e do corpo de bombeiro. Após algumas horas de espera, o comandante-geral do corpo de bombeiros, coronel Luiz Henrique Gualberto Moreira, esclareceu os boatos dizendo que as buscas não foram reduzidas e que não existe a possibilidade de se pararem as buscas.
Vanderlei Lucas ainda procura sua mãe, Maria Elisa Lucas, que estava em Bento Rodrigues a passeio e desde do dia 5 de novembro não foi mais vista. “ Eu percebo que é desumano deixar a gente no abandono”, conta Vanderlei ao mencionar a falta de comunicação entre a Samarco e as famílias das vítimas.
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