Quarta-feira, 01 de Junho de 2016
Com a palavra de ordem “Justiça sim, desemprego não”, cerca de 400 pessoas, em sua maioria comerciantes, foram às ruas de Mariana para pedir a permanência da Samarco na cidade, nesse sábado, 21 de novembro. A caminhada começou na Praça do Barro Preto e terminou em frente à Câmara Municipal, onde foi entregue um manifesto com reivindicaçãoes para o prefeito Duarte Júnior e vereadores, na pessoa de Fernando Sampaio.
Segundo Efraim Leopoldo Rocha, representante do movimento, esse documento foi elaborado após uma reunião, realizada no dia 12 de novembro, com 70 participantes. “Nossa proposta é que seja feita uma reflexão sobre o futuro de Mariana. Até quando Mariana vai depender da mineração? Quando acabar a exploração do minério, do que Mariana viverá?”. Efraim cobrou do poder público um amplo programa de sustentabilidade e que seja feita justiça. Ele explicou, também, que toda a mobilização para esse ato foi desenvolvida por redes sociais, panfletagem e carro de som. O grupo defende a permanência da Samarco na 
cidade, devido ao número de empregos e o valor de arrecadação da empresa no município.
Duarte Júnior disse, após receber o manifesto, que essa caminhada é em favor de Mariana. “Esse momento tem que servir de exemplo para nós. Precisamos trabalhar e diversificar nossa economia. E como filhos dessa terra vamos cobrar que justiça seja feita”.
Foi pedido ao padre Geraldo Barbosa para motivar a oração do Pai Nosso. Em sua fala, ele destacou a presença da Arquidiocese de Mariana. “Desde o ínicio do rompimento da barragem, Dom Geraldo, como um pastor que cuida das ovelhas, tem marcado presença onde é possível”. Diante das igrejas de São Francisco e de Nossa Senhora do Carmo, que foi queimada e restaurada, reforçou que o templo maior é o ser humano. “A vida em todas as suas dimensões precisa ser preservada e defendida nos seus direitos”. Lembrou, também, dos municípios que compreendem a Arquidiocese e toda a bacia do Rio Doce, que foi atingida pelo rompimento.
