O Santo Padre enviou uma Mensagem aos participantes da Conferência sobre o Tráfico de Seres Humanos, em Madri, promovida pelo Grupo Santa Marta.
O Grupo Santa Marta é composto por oficiais das forças da Ordem e de Bispos, representantes do mundo inteiro, que atuam com a sociedade civil para erradicar o tráfico de seres humanos, assegurar assistência pastoral às vítimas e buscar estratégias de prevenção e reintegração. Ele foi constituído ao término II Conferência Internacional do Combate ao Tráfico de Seres Humanos e é guiado pelo Cardeal Vincent Gerard Nichols, arcebispo metropolitano de Westminster, em Londres, e por Bernard Hogan-Howe, chefe da polícia da capital britânica.
Mensagem papal
Em sua Mensagem escrita em espanhol, enviada aos participantes do Grupo Santa Marta, reunidos no Mosteiro de São Lourenço de Escorial, em Madri, nesta sexta e sábado, 30 e 31 do corrente, o Santo Padre expressou sua satisfação por este jovem grupo ter já feito tanto no âmbito da erradicação das novas escravidões.
Neste sentido, Francisco recordou um trecho de seu discurso, pronunciado na sede das Nações Unidas em Nova Iorque: “O mundo espera de todos os governantes uma vontade decisiva, prática, constante de passos concretos e medidas para preservar e melhorar o meio ambiente e derrotar o fenômeno da exclusão social e econômica, com suas tristes consequências”.
Entre tais consequências, o Papa citou “o tráfico de seres humanos, comércio de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de menores, trabalho escravo, além da prostituição, do tráfico de drogas e armas, terrorismo e crime internacional organizado… Devemos zelar para que nossas instituições sejam realmente efetivas na luta contra todos estes flagelos”.
Autoridades civis e eclesiásticas
Hoje, concluiu o Pontífice, 193 Estados que aderem à ONU têm um novo imperativo moral para combater o tráfico de pessoas, verdadeiro crime contra a humanidade. Logo, a colaboração entre as autoridades civis e eclesiásticas são convidadas a estar ao lado das vítimas e acompanhá-las no caminho da dignidade e da liberdade.
Por fim, o Papa pediu a Deus para que os membros do Grupo Santa Marta possam levar adiante esta missão, tão delicada, humanitária e cristã, curando as feridas abertas e doloridas da humanidade, que representam as chagas de Cristo; possam libertar as vítimas das novas escravidões, reabilitar os prisioneiros e excluídos, desmascarar os traficantes e mercantes, para o bem comum e a promoção da dignidade humana.
Fonte: Rádio Vaticano