Arquidiocese de Mariana
Atingidos pelo Rompimento das Barragens

14/abr/2016
“O coração do cônego não era dele. Era dos pobres, era da família”

12973379_806258079480782_3685108184526250977_oNosso coração está profundamente perfurado pela dor. Desde às 18h do dia 11, hora de Maria, hora em que o cônego Antônio Eustáquio seguia dessa terra, para cantar, como a gente cantou agora, ‘na casa do Senhor, eu irei habitar’. Nossa cidade é a cidade das dores. Dores de ressurreição, dores de quem acredita na vitória da vida sobre a morte. E nós acreditamos. E sabemos que o coração do cônego não era dele. Era dos pobres, era da família”, disse padre Paulinho Barbosa, na celebração de corpo presente.

O clero da Arquidiocese de Mariana, juntamente com familiares e amigos se reuniram na igreja de Nossa Senhora das Dores, em Capela Nova, Região Pastoral Mariana Sul, para se despedirem do cônego Antônio Eustáquio Barbosa na manhã dessa quarta-feira, 13 de abril. A missa de corpo presente foi presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, e contou com a presença de aproximadamente 100 padres.

A vida é cheia de surpresas. Que bom seria, se as surpresas fossem sempre agradáveis, sempre nos trouxe-se alegria. Mas acontece que há surpresas que geram sofrimento, dor e lagrimas. Todos nós fomos surpreendidos e ficamos sem ação quando recebemos a notícia da morte repentina do cônego Antônio Eustáquio. E é no aconchego, da docilidade do coração de Pai que nós encontramos a força necessária ”, afirma Dom Geraldo Lyrio.

O arcebispo lembrou, também, da união e carinho que existia entre os irmãos Barbosas. “Era uma segunda-feira, dia em que os presbíteros devem tirar para fazer o seu repouso semanal. Os três irmãos padres sempre foram muito unidos e estavam unidos, também, nessa hora de descaso, de lazer, na casa paterna. E estava brincando, estavam batendo bola, quando o cônego Antônio Eustáquio encerrou a sua peregrinação nessa terra”, conta.

Cônego Antônio Eustáquio faleceu na segunda-feira, 11 de abril, seu corpo foi velado em Barbacena na terça-feira e em Capela Nova, onde permaneceu até o sepultado no cemitério municipal.

Natural de Capela Nova, Cônego Eustáquio atuou em paróquias nas cidades de Carandaí, Ponte Nova, Congonhas, alto Rio Doce, Conselheiro Lafaiete dentre outras, chegando à Basílica de São José, em Barbacena, há pouco mais de nove anos, em janeiro de 2007. Ele foi ordenado padre em 29 de julho de 1979, em Barbacena.

   

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