Quarta-feira, 01 de Junho de 2016
Representantes das famílias atingidas e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) apresentaram ao Ministério Público um plano de tratamento das comunidades e famílias desabrigadas na manhã desta quinta-feira, 12 de novembro. A reunião, realizada no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana, contou com a participação de alguns padres da Arquidiocese de Mariana.
Durante a conversa o promotor, Guilherme de Sé Meneghim, afirmou que para garantir os direitos dos atingidos é preciso coletivamente organizar as necessidades da comunidade e não fragmentar a força. “Essa reunião tratou de uma forma de participação coletiva, para que as pessoas sejam ouvidas em todas as decisões. Então daqui já começa a sair o início dessa construção de uma comissão de representantes, para que nós possamos ouvir todas as partes neste processo de reparação coletiva desses danos”, reforçou Guilherme.
Segundo a militante do MAB, Letícia Oliveira, eles levaram para a reunião uma proposta de reforçar a necessidade da participação das comunidades no decorrer desse processo de reparação. “As comunidades devem ser as protagonistas, elas devem ser ouvidas. São elas que devem levar as informações e não as empresas que trazem essas informações prontas paras famílias. Essa reunião foi importante para pensarmos uma forma para atuarmos juntos”.
Padre Wander Torres, que acompanhou a reunião, comenta que a Arquidiocese entende que essa reunião é o primeiro passo naquilo que foi proposto juntamente com o MAB, no sentido de acompanhar a presença, a vida dos atingidos. “Essa oportunidade é para garantir que de fato eles sejam protagonistas nesse momento que se pensa a reconstrução da vida deles, se a vida a ser reconstruída é deles são eles que tem que dizer como a vida vai ser reconstruída”.
