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, 04 de julho de 2024

Igreja celebra memória de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis

28 de outubro de 2021 Igreja no Brasil

No dia 28 de outubro, a Igreja faz memória de São Judas Tadeu, conhecido como o Santo das causas impossíveis.  São Judas, segundo antigas tradições, era primo de Jesus, pois sua mãe, era prima da Virgem Maria e seu pai, Alfeu ou Cleofas, era primo de São José, o esposo da Virgem e Pai terreno do Cristo. Judas e Tiago, seu irmão, estavam entre os doze escolhidos para serem os primeiros discípulos de Jesus.

Os historiadores o denominam como Judas Tadeu, que significa cordato, benigno e corajoso, o que o diferencia do Iscariotes, o traidor. Nascido em Caná da Galileia, São Judas e seu irmão Tiago eram muito próximos da família de Jesus, portanto, eram conhecidos como irmãos de Jesus, devido ao parentesco familiar e à proximidade com que viviam.

Sempre citado entre os escolhidos para serem as colunas da Igreja de Jesus, Judas, no contexto da Última Ceia, munido de coragem, fala a Jesus: “Senhor, porque razão hás de manifestar-te a nós e não ao mundo? ”. Jesus responde-lhe: “Se alguém me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14, 22-23).

“São Judas Tadeu, comemorado justamente no mês missionário, nos dá o exemplo de uma fé madura e da doação de sua vida em favor da Missão confiada a ele e a todos nós, de sermos anunciadores da Palavra e do Amor salvífico de Cristo, pois, com coragem e destemor, testemunhou com o próprio sangue que Jesus é o Rei e Salvador de toda humanidade”, afirma o bispo de Apucarana (SP), dom Carlos José.

Segundo dom Carlos, São Judas Tadeu é invocado como o Santo das causas impossíveis, devido a uma revelação de Jesus a Santa Brígida, na qual dizia: “Invocai com grande confiança ao meu apóstolo Judas Tadeu. Prometo socorrer a todos quantos por seu intermédio a mim recorrerem”, e a Santa Gertrudes: “Invoque São Judas Tadeu nos casos mais desesperados”. Dessa forma, tornou-se grande o número de devotos que recorrem a São Judas Tadeu nas tribulações e causas impossíveis a serem realizadas humanamente.

Porém, ao fazer memória de São Judas Tadeu, dom Carlos afirma que antes de tudo deve-se fazê-lo não apenas pelos milagres que esse Santo de Deus alcança, mas sim por “Ele ter sido escolhido pelo próprio Jesus para ser uma das doze colunas da Igreja de Cristo e, guardando sua Palavra, como lhe respondeu Jesus na Última Ceia, manifestou ao mundo o Amor do Pai pelos homens”.

“Neste mês missionário, peçamos em nossas orações que São Judas Tadeu interceda para que sejamos discípulos/missionários em todas as circunstâncias e lugares de nossa caminhada”, exorta o bispo.

São Simão

São Simão e São Judas

Simão, o mais desconhecido dos 12 apóstolos — a respeito do qual o Evangelho se limita a indicar o nome e a alcunha de “Zelota” —, teve o mérito de ter trabalhado pela propagação da mensagem evangélica, não em vista de um lugar de honra, mas para o triunfo do Reino de Deus sobre a terra.

Os bizantinos identificam-no com Natanael, de Caná, e com o “mestre-sala” durante as bem conhecidas bodas, quando Jesus transformou a água em vinho. Simão é ainda identificado com o primo do Senhor, irmão de São Tiago Menor, ao qual sucedeu como bispo de Jerusalém, nos anos da destruição da Cidade Santa pelos romanos.

Os armênios sustentam que ele difundiu o Evangelho em sua região, onde teria sofrido o martírio. Seu campo missionário é deduzido dos lendários Atos de Simão e Judas, segundo os quais os dois apóstolos percorreram juntos as 12 províncias do Império Persa.

Também no Ocidente os dois apóstolos aparecem sempre juntos. Em Veneza é dedicada a ambos a igreja de São Simão Pequeno.

O apóstolo Judas (“não o Iscariotes”, apressa-se em precisar o evangelista são João) é considerado pelos galileus “irmão” (isto é, primo) de Jesus. Eles se perguntam, espantados com o grande barulho que se fazia em torno da figura do Nazareno: “Não é este o carpinteiro… irmão de Tiago […], Judas?”.

É provável, segundo alguns exegetas, que Judas seja o esposo das bodas de Caná. O primeiro a fazer tal suposição foi o historiador Eusébio, para explicar sua presença como missionário na Arábia, na Síria, na Mesopotâmia e na Pérsia. Sempre segundo a tradição, teria sofrido o martírio em Arado ou em Beirute. Ele é ainda identificado com o autor da carta canônica que leva seu nome, um breve escrito de 25 versículos, no qual lança uma severa advertência contra os falsos doutores e convida à perseverança na fé genuína.

Texto: CNBB com informações da Arquidiocese de São Paulo

Foto da capa: Rui Souza/Pascom Sagrado Coração de Jesus