No Norte de Minas, a mais de 700 km de Mariana (MG), está localizada a diocese de Almenara, Igreja irmã da arquidiocese de Mariana, que acolhe dois padres do clero marianense. Seguindo as entrevistas da série “Batizados e enviados”, o padre João do Carmo conta um pouco da sua experiência nessa terra.
DACOM: Onde e há quanto tempo o senhor está em missão?
Pe. João do Carmo: Na Diocese de Almenara, Paróquia de Santo Antônio em Santo Antônio do Jacinto-MG, há 04 anos.
DACOM: Do ponto de vista social e eclesial, como é a realidade da região onde o senhor está em missão?
Pe. João do Carmo: A realidade é bem tranquila. No âmbito social, a região do Baixo Jequitinhonha que abrange o território da diocese é marcada pelos contrastes. Alguns municípios são ricos em água, enquanto em outros falta o líquido precisos para saciar a sede dos humanos. Os conflitos de terra não são pequenos. Basta citar o massacre de Felisburgo. Há ameaças de fazendeiros e pressão de mineradoras às comunidades tradicionais. Na caminhada eclesial, o maior desafio é a escassez de padres.
DACOM: Como nasceu o desejo de ir em missão?
Pe. João do Carmo: Na minha vida e no meu ministério, sempre fui amante dos desafios. Por isso, resolvi caminhar por essas estradas do Vale do Jequitinhonha e conhecer um pouco deste pedaço de chão mineiro tão rico culturalmente.
DACOM: Como a experiência missionária pode contribuir com o seu ministério presbiteral?
Pe. João do Carmo: No contato com toda essa riqueza, principalmente na paróquia onde estou, cujo o território é mineiro, mas a cultura é essencialmente do sertão baiano. Toda essa mineiridade e baianada é muito enriquecedora para o meu ministério. É uma experiência ímpar.