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Conferência dos Religiosos do Brasil escolhe prioridades e elege nova presidenta para o triênio 2022-2025

26 de julho de 2022 Igreja no Brasil

Foi eleita na última quinta-feira, 21 de julho, na 26ª Assembleia Geral eletiva da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional) a nova presidenta da entidade para o triênio 2022-2025. A escolhida pela maioria dos 401 participantes (religiosas e religiosos) foi a irmã Eliane Cordeiro de Souza, de 67 anos, da congregação religiosa Irmãs Mercedárias da Caridade.

A CRB nacional escolheu para o novo triênio três eixos norteadores da ação pastoral: a centralidade em Jesus Cristo, a missionariedade e a sinodalidade. A irmã Maria Inês Ribeiro, Mad, que esteve à frente da direção da organização por dois mandatos, desde 2013, se despediu da função nesta 26ª Assembleia,  realizada entre os dias 19 e 22 de julho.

Perfil da nova presidenta da CRB Nacional

Irmã Eliane Cordeiro, Mercedária da Caridade, eleita nova presidenta da CRB para o triênio 2022-2025 | Foto: Frei Lorrane

A nova presidenta é irmã Eliane Cordeiro de Souza, 67 anos, membro da congregação Mercedária da Caridade. Foi conselheira geral da congregação, provincial do Brasil e coordenadora da regional da CRB (RJ).

Tem formação em Gestão e Orientação Educacional em escolas públicas e privadas. É pós-graduada em Educação Popular e especializada em Assessoria Bíblica. Atualmente se dedica à coordenação do Centro Social Padre Zegrí, um projeto de convivência e fortalecimento de vínculos, que atende crianças carentes.

Após a divulgação do resultado, a religiosa expressou o seguinte desejo: “que permaneçamos no amor e na força de Deus, porque somos chamadas e chamados para amar e servir na caminhada dos pobres, vivendo os desafios da fraternidade e da sororidade”.

Concluiu referindo-se ao Evangelho de João 17,22: “Para que sejam um, como nós somos um”, finalizou.

O arcebispo de Manaus (AM) e presidente da Comissão Episcopal especial para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Leonardo Steiner, enviou na quinta, 22, uma carta aos participantes. O arcebispo, que será criado cardeal pelo Papa Francisco no próximo Consistório em 27 de agosto, desejou que o encontro dos religiosos do Brasil seja a expressão da sinodalidade. Dom Leonardo, exortou na carta que “o processo de ressignificação da vida consagrada passe sempre pela bonita experiência da itinerância, do amor aos pobres e do compromisso comunitário”.

Cerca de 400 religiosos e religiosas de diversas congregações religiosas masculinas e femininas com presença no Brasil participam da Assembleia da CRB. | Foto: Daniel Romano.

 

Horizonte e prioridades da CRB para o triênio 2022-2025:

Horizonte

Nós, na busca de ressignificar a Vida Religiosa Consagrada no discipulado de Jesus Cristo, em sinodalidade, missionariedade e contínua conversão, à luz da Palavra, somos convocadas e convocados a permanecer no Seu amor, escutar e responder, com esperança, os gritos e os clamores de nosso tempo, para tornar visível o Reino de Deus.

Prioridades do Eixo Discipulado

  • Cultivar a vivência encarnada da Palavra de Deus como um itinerário de conversão, em atitude de escuta, discernimento e compromisso.
  • Promover a mística do cuidado consigo, com as/os outras/os e com a casa comum, inspiradas/os na Trindade

Prioridades do Eixo Sinodalidade

  • Viver a sinodalidade, a partir da escuta ativa e criativa, favorecendo a irmandade, humanizando e ressignificando nosso modo de ser, estar e agir nas comunidades, na Igreja e na sociedade.
  • Fortalecer relações interculturais, intercongregacionais e intergeracionais, e efetivar parcerias com outros organismos eclesiais e sociais.

Prioridades do Eixo Missionariedade

  • Assegurar nossa presença profética e transformadora junto às infâncias e juventudes e às diversas formas de pobreza e vulnerabilidade nas periferias existenciais, sociais e geográficas.
  • Assumir a ecologia integral e o bem-viver como um estilo de vida, na defesa da Casa Comum e dos povos originários.

Texto: CNBB com informações da CRB Nacional e da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da CNBB