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Arquidiocese de Mariana recebe auditoria da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança

22 de novembro de 2022 Arquidiocese

Da esquerda para a direita: Maria das Graças, Emilda, Dom Airton, Alcimário, Inês e Padre Dário. Foto: Thalia Gonçalves

A Arquidiocese de Mariana recebeu na última semana, entre os dias 16 e 18 de novembro, a auditoria da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança. O objetivo da visita, de acordo com o auditor, Alcimário da Silva Pereira, foi conhecer a realidade da Pastoral da Criança, após o auge da pandemia da Covid-19, e entender quais são as dificuldades que a organização enfrenta nos municípios, para que seja possível ajudá-la nessa retomada.

É importante lembrar que a Pastoral da Criança é um Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Por intermédio de uma organização comunitária, a Pastoral da Criança realiza o acompanhamento de crianças de zero a seis anos e de gestantes, com o auxílio de líderes voluntários que vivem nas próprias comunidades que atuam.  Segundo a CNBB, a “missão é toda baseada no tripé de ações que é formado pelas Visitas Domiciliares, Celebração da Vida e Reunião de Reflexão e Avaliação”.

De acordo com a responsável pela pastoral na Província Eclesiástica de Mariana, Maria das Graças Cunha Neto, que também acompanhou a visita, a “auditoria ajuda a resgatar a autoestima dos líderes e dos missionários que atuam na Pastoral da Criança. Dá esperança, dá coragem e é um trabalho que fortalece a base”, apontou. Ela, que é da Diocese de Caratinga (MG), acompanha o Núcleo 1 da pastoral em Minas Gerais que é composto pelas Igrejas Particulares da Província Eclesiástica de Mariana.

Maria das Graças ainda ressaltou que o trabalho da Pastoral da Criança permaneceu nas dioceses durante a pandemia, graças ao aplicativo “Pastoral da Criança + gestante”, disponível no Play Store, que há mais de cinco anos facilita o contato dos líderes comunitários com as mães, as famílias e as crianças atendidas pela organização.

Entretanto, segundo a Coordenadora do Núcleo 1 da Pastoral da Criança, durante os períodos mais críticos da Covid-19, a Pastoral perdeu 70% dos atendimentos e, que 30% se mantiveram por meio do aplicativo. Ela também apontou que, atualmente, muitas crianças têm voltado para o acompanhamento, mas que ainda não foi possível alcançar os atendimentos anteriores à pandemia. “Agora, devagarinho, a gente está retomando”, disse.

Vale lembrar que o aplicativo “Pastoral da Criança + Gestantes” além facilitar a comunicação entre os líderes comunitários e os assistidos, também oferece diversas capacitações (alimentação, coronavírus, brinquedos e brincadeiras), para as lideranças e as famílias. Essas informações ajudam no atendimento as crianças.

Logo oficial da Pastoral da Criança.

A Coordenadora da Pastoral da Criança, na Arquidiocese de Mariana Emilda Ferreira de Souza Costa, que também esteve presente na auditoria, explicou que mais de oito mil crianças eram atendidas antes da pandemia da Covid-19, e que, com o auge do contágio, o número de crianças caiu para cerca de 800. No entanto, desde o início de 2022 até o atual momento, há quase duas mil crianças sendo assistidas pela Pastoral da Criança nesta Igreja Particular.

Segundo Emilda, a realização da auditoria junto à Coordenação Nacional da Pastoral é importante, pois o auditor, por trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde, relata as autoridades competentes sobre as situações presenciadas e cobrar por soluções como em casos de falta de medicamentos em postos de saúde. No total, cinco dos 79 municípios que estão no território da Arquidiocese foram visitados: Mariana, Barão de Cocais, Guaraciaba, Ponte nova e Itabirito.

Alcimário da Silva Pereira ainda destacou que atualmente há poucos líderes na Pastoral da Criança, mas vê que as que permaneceram estão muito motivadas para recomeçar. “Por mais que tenha muitas dificuldades, você vai em uma comunidade carente e encontra pessoas dispostas a retomar, a visitar, a ir nos lares. Então, é isso que nos incentiva a continuar batalhando para que a pastoral cresça e ressuscite novamente aquela essência, a mística, para caminhar a cada dia”, ressaltou.

Entrega total à Pastoral

Com 35 anos de atuação na Pastoral da Criança, Emilda descreveu sua felicidade e gratidão por fazer esse trabalho e que a experiência nesse serviço a Deus e aos irmãos é de vencer barreiras e recuperar vidas. “As pessoas falam que a gente trabalha com números; que a gente fala muito em números. Mas, não. A gente trabalha com vidas”, enfatizou, lembrando que é um movimento ecumênico, atendendo também às crianças de outras religiões.

Outras informações sobre a Pastoral da Criança você encontra no site pastoraldacrianca.org.br.

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