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Diáconos permanentes participam de formação continuada em Mariana

23 de agosto de 2023 Arquidiocese

Dando prosseguimento à Formação Continuada dos Diáconos Permanentes da Arquidiocese de Mariana, 20 diáconos permanentes participaram nos dias 19 e 20 de agosto, no Instituto de Filosofia do Seminário São José, do terceiro encontro de Formação Continuada. Com a assessoria do Vigário Geral da Arquidiocese, Monsenhor Luiz Antônio Reis Costa, os ministros ordenados refletiram sobre o tema “Teologia da Fé”.

Segundo o Coordenador Arquidiocesano dos Diáconos Permanentes, Diácono Sebastião Gois Pereira, na oportunidade, os presentes puderam ouvir e refletir a fé vivida sobre a lógica da Transação dos escribas e fariseus e a lógica de Cristo. “Este estudo nos revela que, egoístas que somos, muitas vezes agimos como fariseus e escribas”, disse.

“Mais uma vez quero reiterar a necessidade dos diáconos se empenharem em se fazerem presentes, digo e afirmo: perdeu quem não compareceu”, destacou ainda, incentivando a participação de todos os 36 diáconos permanentes da Arquidiocese de Mariana.

“Sob a tutela qualificada e amorosa do Monsenhor Luiz Antônio, fomos convidados a uma profunda reflexão sobre a ‘lógica de Cristo’, gratuidade, menoridade e perdão e a ‘lógica humana’, faço o bem se me fizerem o bem”, descreveu o colaborador da Paróquia Nossa Senhora de Oliveira, em Senhora de Oliveira (MG), Diácono Carlos Roberto Lucas.

Diácono Carlos ainda destaca o que mais lhe marcou no encontro: “particularmente, volto incomodado pelo que vivi e aprendi da Palavra de Deus, sobretudo, diante da pergunta inquietante: ‘deixamos tudo para Ti seguir; o que receberemos em troca?’. Ainda, ressalto, de tudo que foi dito e absolvido, a importância e responsabilidade que tem o diácono permanente, qual seja, ‘Celebrar a liturgia paroquial e a liturgia do lar’”, disse.

A Fé: entre a lógica da transação e a lógica do amor

O colaborador Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Mariana (MG), Diácono Robson Adriano, também compartilhou sobre o encontro:

“Fomos convidados a refletir sobre a fé como uma decisão que coloca entre duas lógicas: uma centrada em nós mesmos e em nossa condição pecadora e tendente a nos colocar como referência para alcançarmos nosso desejo viciado; e outra centrada no amor de Deus revelado a nós em Jesus Cristo.

Com toda razão, São Paulo afirma em uma de suas cartas que o amor não procura seus próprios interesses, pois sendo um dos atributos do Pai é pura generosidade, misericórdia, benevolência e gratuidade. Ora, a fé nos faz crer neste amor, e mais ainda, confiar nosso humano modo de amar ao modo de amar de Deus a fim de que amemos segundo tal amor. Mas seria isso possível? A resposta é não, se nos fecharmos em nós mesmos e transformarmos a lógica do amor na lógica da transação, agindo sempre com interesse que prioriza nós mesmos e não o outro ou os outros. Mas a resposta também pode ser sim, se ao contrário da lógica da transação, onde nos colocamos no centro, decidimos, não por conta própria, mas com a ajuda do Espírito Santo, pela lógica de Cristo que é a lógica de viver segundo o amor do coração do Pai.

Partindo de uma definição que aponta a fé como uma virtude sobrenatural por meio da qual cremos naquilo que Deus revelou como verdade, fomos convidados e viver nosso duplo ministério de serviço à Igreja Doméstica (nossa família) e à Igreja enquanto toda a comunidade Católica de fé, decidindo pela lógica do amor. A conclusão, mais existencial e pessoal do que teológica ou especulativa foi uma só: Creiam em mim, diz Jesus, e amarão como eu, na família, na Igreja e no mundo, o Pai vos amará, assim como me amou, e estaremos sempre convosco!

Decepcionados com a alegria que o mundo não nos pode dar, confiemos mais na graça de Deus que já nos foi dada para amar, e portanto para sermos felizes… ainda que neste mundo tenhamos provações e perseguições. Não titubeemos: tenhamos fé!”.

Foto: Divulgação