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Religiosidade, fé e arte marcam o Tributo a Dom Silvério

31 de agosto de 2023 Arquidiocese

A Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Congonhas (MG), sob a coordenação do Pároco Padre Paulo Barbosa, conjuntamente, com a Academia de Ciências, Letras e Artes de Congonhas (ACLAC), Secretaria Municipal de Educação de Congonhas (SEMED) sob a coordenação de Andréa Cristina, Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGC) e Associação dos Aposentados de Congonhas (ASAPEC), realizou na noite de terça-feira, 29 de agosto, o 8º Tributo a Dom Silvério Gomes Pimenta.

À ocasião, foi celebrada uma piedosa e belíssima missa em honra a Dom Silvério, presidida pelo Pároco local. Na homilia, Padre Paulinho, como é mais conhecido, destacou as dificuldades encontradas por Dom Silvério, até ingressar na vida religiosa.

“Uma vez disposto a entregar sua vida a Deus e ao próximo, caminhando rumo ao topo da hierarquia da Igreja Católica; os infortúnios não cessaram de acompanhar o homem que viria a ser o primeiro Arcebispo negro do Brasil. Mesmo assim, Dom Silvério Gomes Pimenta, foi primeiro bispo brasileiro a ser sagrado após a Proclamação da República, o primeiro bispo negro do país, o primeiro prelado brasileiro com assento entre os escritores consagrados pela Academia Brasileira de Letras e o primeiro Arcebispo Metropolitano de Mariana”, enfatizou Padre Paulinho.

Após a Santa Missa, a Presidente da ACLAC- Maria Aparecida Resende, dando início às homenagens, iniciou informando à Assembleia, o dia dedicado à memória de Dom Silvério, no município de Congonhas, por meio da Lei Nº 3.377 de 16 de abril de 2014.

“Partilhamos na noite de hoje, dois exemplos de entrega às causas de Deus e às causas dos irmãos. São João Batista, o precursor a anunciar a chegada do Messias, demostrando em seu martírio que é dando a vida que a ganhamos, pois os mártires não morrem, jamais. Dom Silvério, o menino negro e pobre, que não se deixou abater pelas dificuldades encontradas no caminho; soube, inclusive, driblar as ‘dificuldades’ que lhe eram impostas pela cor da pele – tarefa dura, naqueles idos da segunda metade do século XIX. Posicionou-se politicamente favorável ao fim da escravidão; foi ao socorro dos pobres, construindo escolas e seminários, em várias cidades de Minas Gerais, com o objetivo de facilitar o estudo dos desprovidos.  Assim, ambos nos demonstram o espírito de solidariedade, de luta e de que todos nós podemos ser Silvério e Joãos Batista, mundo afora. É preciso ter fé e coragem na caminhada”, ponderou Maria Aparecida.

Deu-se início, então, a apresentação do Professor e Acadêmico da ACLA, o Professor Antônio Vicente Vieira, estudioso da vida do nobre Dom Silvério Gomes Pimenta, apresentando aos presentes a vida e obras de Dom Silvério.

Por fim, o Coral da ASAPEC, sob a regência de Carmem Célia, apresentou quatro belas peças musicais.

Outras ações

Além do Tributo a Dom Silvério, na noite de terça-feira, durante os meses de julho e agosto, foram desenvolvidas diversas atividades nas escolas, sob as orientações dos professores da rede municipal de ensino e do Acadêmico da ACLAC e Presidente do IHGC, André Candreva, que visitou diversas escolas para explanar sobre a vida de Dom Silvério: o Menino, o Jovem, o Aluno, o Professor, o Sacerdote e por fim, o Bispo Dom Silvério.

As Confreiras da ACLAC, Léa Barbosa e Therezinha de Paula, participaram, no início do mês de agosto, na etapa de seleção dos trabalhos dos alunos para futura premiação.

Na quarta-feira, 30 de agosto, completaram-se 101 anos do falecimento de Dom Silvério Gomes Pimenta, o primeiro Arcebispo da Arquidiocese de Mariana.

Texto: Professor Vieira

Fotos: Cida Resende