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Paróquia São Sebastião de Lafaiete celebra 78 anos de sua criação

26 de novembro de 2019 Arquidiocese

Para a Paróquia de São Sebastião, em Conselheiro Lafaiete, 22 de novembro é uma data marcante. Foi neste dia, durante a visita pastoral do segundo arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, que a capela do curato dedicada ao santo foi elevada à categoria de paróquia e recebeu a dedicação do altar. No último domingo (24), a comunidade celebrou o seu aniversário com adoração e bênção do santíssimo, seguida da celebração eucarística.

No início da celebração, o pároco, padre Daniel Marcos Lima, explicou que as três relíquias dos santos mártires Santo Amando, Santa Perpétua e Santa Casta, depositadas na mesa do altar, representam o reconhecimento do testemunho de cada um deles como forma de conservar a fé que chegou até nós. “Não é uma espécie de magia, nem de símbolo ou amuleto. Ao colocar a relíquia dos santos mártires no altar, onde oferecemos o sacrifício de Cristo, nós estamos dizendo que o sacrifício deles teve valor porque foi por causa de Cristo, por amor a Cristo, na força do sacrifício de Cristo. O sacrifício humano só tem valor na força do sacrifício de Cristo”.

Para a comunidade, a data gera alegria e se torna um lembrete da responsabilidade de uma paróquia. “Vimos os que participaram da celebração voltarem mais vivos e cheios de esperança. E este é o motivo de celebrar essa data: renovar nossas forças, nossa vida e nos consagrar todos os dias a nosso Deus. Lembrar de todos que ali estiveram presentes e que de alguma maneira colaboraram para nos deixar essa grande missão de continuar evangelizando, me faz muito alegre e feliz”, relata o paroquiano Danilo Expedito da Cunha.

Ele ressalta que a cidade de Conselheiro Lafaiete sente carinho pela paróquia dedicada ao santo mártir defensor da igreja, o que considera aumentar ainda mais a responsabilidade de celebrar esta data. “É uma grande responsabilidade trazer para todos esses momentos de fé e encontro pessoal com Cristo, deixar para as futuras gerações não somente uma história, mas uma igreja viva e que se renova com o Espírito Santo”.

 

 

Homilia

Na homilia, o pároco reforçou a importância de uma paróquia ser uma verdadeira comunidade cristã, onde todos têm lugar, vivem a fraternidade e ninguém passa necessidade, onde o Evangelho de Jesus é sempre anunciado, na pregação da palavra e no testemunho de fé.

“Paróquia é uma palavra muito usada, mas poucos sabem o seu significado. Vem do grego ‘paroikía’ que significa ‘a casa do lado’; ‘morada próxima’, ‘vizinhança’. A comunidade cristã que forma uma paróquia deve ser próxima de todos, deve ser o bom vizinho que socorre as necessidades e está sempre disponível para todos”, disse.

Ele também explicou que a palavra também vem do grego “paroikós”, que quer dizer peregrino, viajante de fora, reforçando, assim, o papel de cada fiel na comunidade. “Cada paroquiano é um peregrino, ou seja, alguém que viaja rumo à pátria celestial e que, acolhido numa paróquia, ou seja, numa ‘morada próxima’, vai compartilhando essa viagem com seus irmãos e vizinhos”, disse.

Ele exortou os fiéis a servirem com alegria para cumprir o propósito de ser uma verdadeira comunidade. “O padre, como pastor deste rebanho, deve ter o mesmo coração de Cristo: conhecer e dar a vida por suas ovelhas. Os leigos batizados devem servir com alegria, não pensando em autopromoção, mas com o desejo sincero de buscar o bem do próximo”, disse.

 

História da igreja e da Paróquia

No final do século XIX, a parte baixa da cidade de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete, crescia rapidamente e o bairro de Lafayette, hoje São Sebastião, nascia à margem da ferrovia da Central do Brasil. O padre Américo Taitson, pároco de Nossa Senhora da Conceição, de Queluz, à época, fez pedido à cúria de Mariana de uma provisão para construir a capela de São Sebastião, datada de 22 de abril de 1903. A construção da igreja teve participação dos ferroviários e há registros de batismos e casamentos feitos nela desde 1908.

A edificação passou por muitas mudanças ao longo dos anos, Pe. Antônio Prette foi o responsável pelo aumento da capelinha, que ficou seis vezes maior. Por provisão de 27 de outubro de 1921, a igreja foi elevada a curato, tendo diversos padres à sua frente. Cada um deles fizeram pequenas melhorias no edifício. A atual igreja foi concluída na década de 1930.

O primeiro pároco foi Monsenhor Antônio José Ferreira, que permaneceu até a sua morte em 1985, substituído pelo seu irmão, padre Ermano José Ferreira. Padre Ermano permaneceu à frente dos trabalhos pastorais até sua morte em 1 de fevereiro de 2004. No mesmo ano, Cônego Antônio Eustáquio Barbosa assumiu e, no ano seguinte, padre Magno José Raimundo Murta. Desde 2010, a igreja tem como pároco padre Daniel Marcos Lima.

Saiba mais da história na página do Facebook ou Instagram da Paróquia.

 

Com informações e fotos da paróquia