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História de fé e devoção: secretária da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Barbacena, há dez anos se dedica à montagem do presépio paroquial

02 de janeiro de 2024 Arquidiocese

Tradição iniciada por São Francisco de Assis na cidade de Greccio, em 2023, a Igreja Católica celebrou os 800 da criação do presépio. Simbolizando a alegria na espera da chegada do Senhor, o presépio representa a história de fé e emoção vivida na “noite feliz”, com a chegada do Salvador.

Trabalho feito com esmero, por meio dos presépios nas paróquias, os fiéis se emocionam ao verem retratada a cena do nascimento do Senhor. O ambiente de fé em que se encontram e o carinho e dedicação empregados por aqueles responsáveis pela execução da montagem se tornam um diferencial, como é o caso de Maria Helena Meira do Nascimento, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Barbacena (MG). Há dez anos, ela é a responsável pelo e planejamento e a montagem do presépio na paróquia, onde é secretária paroquial desde 2013.

O presépio da paróquia é confeccionado em peças de tamanho médio. A cada ano é retratado de forma diferente, tanto na disposição de lugares onde é montado, quanto nos itens utilizados.

Cada detalhe é pensado com carinho pela executora: em 2023, o céu, confeccionado em tecido, foi decorado com estrelas brilhantes cortadas uma a uma, a mão. As plantas naturais utilizadas foram cuidadas durante o ano e trazidas por ela, de sua residência. Outras plantas utilizadas foram plantadas e cuidadas por Padre Carlos Wilson da Silva, pároco local há 50 anos. Padre Carlos, aliás, demonstra orgulho do trabalho de sua secretária, já que toda essa atividade é realizada de forma voluntária, após o expediente, e com devoção.

Maria Helena, Padre Carlos Wilson e Ricardo Balbino, integrante da equipe de coordenação paroquial.

Maria Helena conta que, mesmo vendo fotos dos presépios dos últimos anos, nunca faz da mesma forma no ano corrente. Segundo ela, “o Espírito Santo ilumina para que eu tenha sempre uma nova ideia”. Desde criança Maria Helena vive no ambiente que circunda as atividades na igreja: sua mãe era zeladora na Paróquia Nossa Senhora da Assunção e, tanto ela quanto os irmãos, a ajudavam nas atividades durante sua infância. Vem daí a devoção e o carinho com cada atividade por ela exercida.

“Comecei em 2013, quando cheguei aqui. O padre pediu para que eu montasse o presépio, mas eu nunca tinha montado nenhum presépio. Mas quando criança, minha mãe zelava na Igreja Nossa Senhora da Assunção e eu ajudava a senhora (Dona Maria Leite de Castro Coutinho, que exercia suas atividades pastorais com muito carinho na paróquia, falecida aos 102 anos de idade) que montava presépio. Eu entregava ‘alfinetezinho’ para ela. Então eu só entregava e observava”, recorda.

“Hoje, quando vou montar um presépio, vou à Capela do Santíssimo, peço a intervenção Divina e ali a mão vai trabalhando, o coração também vai junto e acontece o que fazemos aqui. Tem dez anos que faço, sempre em lugares diferentes na paróquia. Nunca fiz, nunca montei nenhum presépio igual ao outro, sempre diferente, feito com muito amor, carinho e dedicação. Porque a gente sabe que, o que faz para a comunidade, é o que você faz para Deus”, ressalta.

São as verdadeiras riquezas do Natal que fazem diferença nas paróquias da região: a dedicação daqueles que se propõem em fazer algo simples, de forma diferente. Daí o encanto dos fiéis por atividades “comuns”, mas que demonstram o quanto são especiais aqueles que conseguem, com criatividades, proporcionar momentos especiais como os retratados nos presépios.

Texto e fotos: Ana Paula dos Santos Mendes