Entre os dias 5 a 9 de fevereiro, cerca de 60 padres do Clero da Arquidiocese de Mariana estiveram reunidos para o retiro espiritual anual do primeiro semestre. O retiro aconteceu na Fazenda Borda do Campo, em Antônio Carlos (MG), e foi conduzido pelo formador do Seminário São José e padre do clero marianense, Monsenhor Celso Murilo de Sousa Reis.
Essa foi a primeira vez que o pregador conduziu o retiro de espiritualidade para o clero de Mariana. “No início, resisti à proposta, mas depois resolvi assumi-la como sinal de respeito aos irmãos no presbitério e como oportunidade de partilhar algumas experiências e convicções dos meus 36 anos de ministério sacerdotal. Pelo retorno que tive da partilha de alguns, penso que valeu a pena ter aceitado a missão”, contou Monsenhor Celso sobre a experiência.
Durante todo o retiro, Monsenhor Celso apresentou a espiritualidade e a identidade do presbítero, a partir do Documento de Aparecida e do magistério do Papa Francisco, ressaltando o presbítero como discípulo-missionário e servidor misericordioso.
“A partir daí, refletimos sobre a configuração com Cristo e a dedicação ao povo na perspectiva da caridade pastoral e no serviço da misericórdia. Procurei apresentar a missão como um estilo de vida e não uma simples tarefa a ser executada. Parte integrante da missão é a experiência da oração e a resposta à vocação à santidade” explicou o pregador.
O sacerdote deve sempre buscar se formar e cuidar da sua experiência de oração e intimidade com o Senhor, o Bom Pastor. Por isso, a participação do retiro é uma necessidade para o ministério.
Segundo Monsenhor Celso, o retiro é uma “importante oportunidade de aprofundar a experiência pessoal de Deus, fazer uma séria revisão de vida e buscar o discernimento para o eficaz exercício do ministério. Também é oportunidade de crescer na fraternidade presbiteral pela partilha e convivência com os colegas e ainda descobrir pistas para investir na formação permanente, tão necessária ao bom desempenho da missão sacerdotal”.
O ano de 2025 será marcado pelo Jubileu da Esperança. As reflexões e meditações serão voltadas para esse tema escolhido pelo Santo Padre. Também os padres devem estar atentos a essa realidade e, por isso, foi motivado a tomarem consciência dessa iniciativa.
Conforme o Papa Francisco, o padre deve ser testemunha/sinal da esperança. Para isso, conforme Monsenhor Celso, o sacerdote deve “assumir o ministério como uma dádiva de Deus e uma oportunidade de crescimento pessoal e de realização integral”.
“Ser padre não é uma carga ou um peso, mas um grande dom para quem o recebe e o faz frutificar em benefício das pessoas que Deus lhe confia. Vale a pena acreditar que a melhor maneira de ser feliz — talvez a única — é fazendo a felicidade dos outros. Ser testemunha da esperança é anunciar com a vida que Cristo ressuscitado e o Evangelho podem iluminar a escuridão do mundo e dar sentido à busca de realização própria do ser humano”, enfatizou.
O retiro foi encerrado na sexta-feira, dia 9, com a Santa Missa presidida pelo Monsenhor Celso e fraterno almoço.
Texto e fotos: Padre Róbson da Cunha Chagas
Veja também:
Vaticano divulga materiais de apoio e refelxão para o Ano de Oração em preparação ao Jubileu de 2025