Dom Edmar e seus pais durante a sua primeira missa após ordenado em Alto Rio Doce. Foto: Amare Foto Sacra
Uma história de fé despertada ainda na infância, tendo a família como berço de sua vocação. Essa é a história do Bispo Auxiliar de Belo Horizonte, Dom Edmar José da Silva, ordenado no último sábado, 11 de maio.
Natural de Alto Rio Doce (MG), cidade onde aconteceu a cerimônia, o novo bispo vem de uma família grande, com seis irmãos, simples, “mas cheia de fé, de afeto e de cumplicidade, na prática do amor”, como falou nos agradecimentos de sua ordenação.
Gratos a Deus por esse momento, os pais de Dom Edmar, o senhor Divino Luz da Silva e a senhora Maria Efigênia da Silva, descreveram a ordenação episcopal do seu segundo filho como uma dádiva em suas vidas.
“É uma graça muito grande que a gente teve na nossa vida porque as coisas eram muito difíceis. Quando ele chegou a padre foi, para nós, muito importante, foi uma graça imensa. E, hoje, a bispo, é maior ainda. As bênçãos de Deus são grandes para nós. Eu tenho muita honra de ser pai dele”, afirmou o senhor Divino.
Emocionada, especialmente pela cerimônia ter acontecido às vésperas do Dia das Mães, a senhora Maria Efigênia disse não haver palavras que expliquem os seus sentimentos e sua gratidão por ter um filho servindo à Igreja no episcopado. “Eu só sei que é uma honra muito grande, é uma graça muito grande; de padre eu já fiquei muito, muito, muito, muito agraciada mesmo, imagina, agora, de bispo. É uma felicidade sem tamanho”, descreveu.
Em seus agradecimentos durante a ordenação, o Bispo Auxiliar de Belo Horizonte também recordou o seu desejo de ser sacerdote ainda na infância, desde os seus tempos de coroinha. Vizinho e amigo de infância do novo bispo, o fotógrafo Mateus David da Silva contou que, quando crianças, em suas brincadeiras, eles reprisavam as celebrações da festa de São José, padroeiro de Alto Rio Doce, na casa da família de Dom Edmar.
“Desde que ele se conheceu por gente, ele falava assim comigo: ‘mãe, eu quero ser padre’”, contou a senhora Maria Efigênia. “Ele rezava com os primos dele, fazia procissão de brincadeira, dirigia as novenas de Natal como se fosse uma pessoa adulta que tivesse ali. Então, é vocação mesmo, é chamado de Deus mesmo, tanto que ele nasceu nas missões […]. Parece que a vocação dele veio desde quando ele estava no ventre”, contou a senhora Maria Efigênia.
Coroamento dessa vocação foi sua ordenação presbiteral, em 19 de maio de 2021, também em Alto Rio Doce. Duas décadas depois, mais uma vez, Dom Edmar retorna a sua terra natal para confirmar o seu “sim” ao chamado que a Igreja lhe fez.
“É uma alegria poder hoje, depois de quase 23 anos, renovar o meu sim a Deus, mas agora com essa nova missão, com essa nova responsabilidade eclesial, que é exatamente o exercício do ministério episcopal. É uma grande emoção, uma grande alegria, mas o sentimento muito grande também de gratidão a Deus por ter me confiado no ministério presbiteral e, agora, mais ainda, no ministério episcopal, que é a plenitude do Sacramento da Ordem”, sublinhou em entrevista.
A Dom Edmar, filho desta Igreja Particular, desejamos bênçãos e fecundidade em seu ministério episcopal.
Texto: Thalia Gonçalves/Arquidiocese de Mariana