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, 24 de dezembro de 2024

Santa Missa marca a comemoração do Dia de Minas e aniversário da cidade de Mariana

17 de julho de 2024 Arquidiocese

O dia 16 de julho é uma data que alegra o povo mineiro, sobretudo os marianenses. Por trás desse dia, que é aniversário da cidade de Mariana (MG) e festa de sua padroeira, Nossa Senhora do Carmo, revela-se parte da história do Estado de Minas Gerais. Para festejar o aniversário desta, que é sua primeira vila, cidade, capital e sede de seu bispado, a Arquidiocese de Mariana realizou uma Missa Solene.

Sob o Hino de Nossa Senhora do Carmo, “És nossa Mãe Pia”, a cerimônia iniciou-se por volta das 8h, no Santuário do Carmo, e foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos. Com a presença de dezenas de fiéis, figuras públicas, autoridades locais e representantes do legislativo estadual, a solenidade abriu a programação do dia em que, simbolicamente, a capital do Estado é transferida para a primaz de Minas.

O Santo Evangelho de Mateus (12, 46-50), foi proclamado pelo Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Piedade de Ponte Nova, Padre Fabiano Alves de Assis. Em sua homilia, Dom Airton disse que Deus quis vir a este mundo do nosso jeito, do modo humano.

“Nasceu de uma mulher, viveu sob a lei, não para ser escravo da lei, mas para libertar aqueles que estavam sujeitos a ela. Assim é a mãe de Deus, o canal da graça pelo qual regou a este mundo o salvador, o redentor da humanidade”, conta o Arcebispo.

O eclesiástico relembrou que através da Mãe de Deus, Maria Santíssima, celebra-se a padroeira da cidade de Mariana (MG). Passados mais de três séculos, celebra-se também a memória de tantos irmãos e irmãs que nos antecederam na fé e devoção a Nossa Senhora.

Durante a homilia, Dom Airton afirmou que Deus quer que trilhemos o caminho Dele, que é de paz, justiça e fraternidade, e que esses princípios são inegociáveis e se vivem no coração humano.

“Se um ser humano tem no seu coração um germe da paz, ele vai produzir paz. Se não tem, vai produzir guerra, violência, discórdia, desamor. E nós somos chamados a produzir, neste mundo, estes sentimentos humanos, que serão dignificados e divinizados, porque Jesus Cristo, Príncipe da Paz, Rei do Universo, aquele que veio para nos trazer o bem, Ele mesmo entregou a sua vida por causa da paz”, reitera o prelado.

Dom Airton desejou que o Estado possa ser um exemplo de respeito a natureza e as coisas criadas por Deus. Ele disse que as coisas ruins não são a vontade de Deus, mas que é consequência de ações más do ser humano. Quando não se respeita os limites que Deus apresenta ao seu povo, as coisas se desfazem e se perdem.

“E onde estão as coisas boas que Deus criou? Estão perdidas, talvez, mas às vezes estão muito próximas de nós. Existem coisas que estão perdidas e estão dentro de nós. Nós precisamos ouvir o que Nosso Senhor nos alerta, as coisas que deixam o homem impuro não estão fora dele, estão dentro. Tudo aquilo que é indigno do nome de ser humano nasce de dentro de nós. E por isso precisamos fazer o bem, fazer opção pelas coisas boas e não opção por aquilo que é contrário a vontade de Deus”, alertou o prelado.

O arcebispo seguiu a reflexão pontuando que Maria foi a primeira entre os seres humanos a cumprir fidedignamente a vontade de Deus, compreendendo a vontade divina ao acolher do anjo a mensagem e respondendo: “eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1,38).

Após o momento da comunhão, os devotos presentes, rezaram em uma só voz, a Oração de Nossa Senhora do Carmo, seguida da Consagração a Nossa Senhora, cantada em profunda fé e ardor.

Ao final da cerimônia, o Arcebispo cumprimentou as autoridades presentes e concedeu a bênção.

Texto e fotos: Paulo César Gouvêa/Arquidiocese de Mariana