Iniciou-se nesta sexta-feira, 27 de setembro, no Instituto de Filosofia do Seminário São José, em Mariana (MG), a 31ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Com o tema “Caminhar juntos pela trilha da esperança” e o lema “Alegrai-vos na esperança” (Rm 12,12), o encontro reúne cerca de 80 participantes, entre padres e leigos representantes das pastorais, movimentos e regiões pastorais. Neste ano, a Assembleia tem o caráter avaliativo, visando revisitar a caminhada da Arquidiocese.

O encontro foi aberto com a Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos. Em sua homilia, ele convidou os presentes a refletir sobre o objetivo da Assembleia, que deve pensar no caminho que a Arquidiocese de Mariana deve continuar fazendo. “Como é que nós vamos continuar esse caminho? […]. O que é que inspira, o que é que está na base desse nosso encontro? É Jesus Cristo. Por isso, iniciamos este nosso encontro com a Santa Missa”, enfatizou. 

Dom Airton destacou, ainda, três pontos para direcionar o olhar dos presentes durante a Assembleia: primeiro, Jesus se reúne com os discípulos para rezar e aí, sim, cumprir aquilo que é preciso; em seguida, questiona-os sobre quem Ele é; por fim, os discípulos, quando falam, não falam individualmente, mas em nome da Igreja.

Avaliação das paróquias

Em seguida, o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre José Geraldo de Oliveira, apresentou a síntese do processo de escuta em preparação para a Assembleia. A consulta foi respondida por 53 das 137 paróquias. Destacaram-se, pelas respostas enviadas, a realização de muitas das propostas, como o fortalecimento das comunidades, dos Grupos de Reflexão e o investimento na formação de novas lideranças.

Constatou-se, por outro lado, a sobrecarga dos agentes pastorais; a existência de grupos que caminham de forma paralela às propostas da Arquidiocese e a necessidade de se investir nas iniciativas de promoção humana.

Dimensões da Ação Evangelizadora

Os assessores das cinco dimensões da ação evangelizadora, Comunitária e Participativa, Bíblico-Catequética, Litúrgica, Missionária e Sociopolítica, apresentaram a situação de cada uma delas e os próximos encaminhamentos.

Ao iniciar a sua fala sobre a Dimensão Catequética, o Assessor, Padre Bruno Gomes Silva, fez menção honrosa ao Padre Paulo Vicente Ribeiro Nobre, falecido no mês de abril, pelo seu trabalho e dedicação à Catequese na Arquidiocese de Mariana.

Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE)

Concluindo os trabalhos da manhã, Dom Airton exortou os presentes sobre a necessidade de se viver uma conversão pastoral. “Se tem alguém que não está disposto a mudar de vida, está fazendo errado. A conversão precisa ser pessoal para depois ser pastoral”, frisou.

Propôs também um segundo olhar sobre o PAE, sustentado pelos quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária, indicando a necessidade de se recordar que o Espírito Santo é o protagonista da missão.

Caminhar juntos na trilha da Esperança 

Durante a tarde, o Assessor da Dimensão Sociopolítica, Padre Marcelo Moreira Santiago, apresentou a conferência “Caminhar juntos na trilha da Esperança”. Em sua fala, ele fez um percurso da ação pastoral da Igreja desde o Concílio Vaticano II, identificando sinais de esperança que alimentam a caminhada eclesial neste momento da história.

Ele também apresentou as linhas de trabalho do Concílio Vaticano II que deram origem às dimensões da evangelização. Na oportunidade, fez um apelo aos agentes de pastoral para não deixarem de assumir sua identidade e vocação missionária diante das crises e desafios da atualidade. “Precisamos ser mais ousados no apelo missionário que a Igreja nos faz”, reforçou.

Por fim, Padre Marcelo apontou algumas atitudes propostas pelo Papa Francisco na Evangelii Gaudium que respondem aos clamores da ação evangelizadora da Igreja: “primeirear”, envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar.

Trabalho de Grupos

A programação do primeiro dia da 31ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral contou ainda com a realização dos trabalhos em grupo. Na ocasião, os participantes refletiram sobre duas questões: diante de tudo que foi falado, quais são os sinais de esperança?; o que fazer para que esses sinais sejam concretizados? Trazer duas propostas.

Texto: Pe. Fernando Paulo, Laene Medeiros e Thalia Gonçalves
Fotos: Thalia Gonçalves.