Carregando as bandeiras de luta e a fé do povo, o 22 ° Grito dos Excluídos e das Excluídas tomou conta das ruas de Congonhas (MG), nessa quarta-feira, 7 de setembro. Mais de 2.000 pessoas participaram do ato, que teve como tema “A vida em primeiro lugar” e lema “Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata!”.
O adro da matriz de Nossa Senhora da Conceição foi palco para a concentração, falas e apresentações desse ano. Em seguida, os representantes das pastorais, dos movimentos, assim como os padres e a comunidade participaram da caminhada em direção ao Santuário do Bom Jesus de Matozinhos. Uma missa, presidida pelo vigário episcopal da Região Oeste, padre Geraldo de Souza Rodrigues, e concelebrada por outros padres da Arquidiocese, fechou a programação.
“Esse sistema social, político, econômico e cultural leva a morte e não a vida. Precisamos construir um modo de vida onde a dignidade do ser humano, a defesa da vida e todas as suas manifestações do bem comum sejam as primícias de todas as coisas. O mercado e o dinheiro não podem ser os principais reguladores das relações humanas. O sonho de Deus de um mundo bonito, com uma humanidade feliz está na contramão desse sistema de morte. Nossa missão é participar, é transformar. Queremos com este Grito lançar um compromisso de conscientizar, mobilizar e organizar o nosso povo e suas comunidades”, ressaltou o coordenador arquidiocesano da Dimensão Sociopolítica, padre Marcelo Santiago.
Para Marcos Nunes, da paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Viçosa, participar do Grito é reforçar a luta por mudanças. “Mais uma vez estamos aqui em Congonhas, participando do Grito dos Excluídos, e para mim é extremamente importante participar dessa caminhada, para mostrar para a sociedade brasileira que nós somos excluídos. As circunstâncias do Brasil hoje é que mostra que o nosso povo é pobre e excluído. Então é preciso a cada ano a gente vim e gritar que nós não estamos satisfeitos com essa sociedade que excluí, degrada e mata”, afirmou.
O pároco de Nossa Senhora da Conceição, padre Paulo Barbosa, avaliou o grito como bem participativo. “O grito foi altamente participativo com a presença numerosa das comunidades eclesiais, pastorais e movimentos e, especialmente, da juventude. O Grito ganhou força com a concentração e as apresentações de palavras diversas na frente da matriz de Nossa Senhora da Conceição. A celebração foi bastante animada, levando todos a entenderem o sentido do grito”, disse.
A edição deste ano acontece, também, em vista do 6º Fórum Social pela Vida, que será realizado em Conselheiro Lafaiete, nos dias 27 a 30 de outubro, e da Romaria ao Servo de Deus, Dom Luciano.