Em união e oração com todo clero, o Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, celebrou a Missa da Unidade e do Crisma na manhã do dia 12 de março, na Catedral da Sé, em Mariana (MG).

A celebração iniciou-se com a recitação solene da Hora Média por todos os sacerdotes, vindos das diversas paróquias que compõem a Arquidiocese de Mariana.

“Na fé em Deus, por quem vivemos, na esperança do que cremos, no dom da santa caridade, de Cristo as glórias entoemos”, foi assim que todo clero exaltou a Deus.

Rezar esse Ofício Divino da Hora Média é uma forma de unir os sacerdotes à Cristo e entre si, de forma perfeita, além de preparar o coração para a Sana Missa.

Em seguida, Dom Airton deu início a Santa Missa, cheia de significados importantes para liturgia católica e para todo povo de Deus, sendo marcada pela união do presbitério com seu Arcebispo, uma singular vivência neste Ano Santo.

Ainda nessa celebração, os padres renovaram as suas promessas sacerdotais, pois são chamados a viverem, cada vez mais, a vocação recebida de Deus.

Em sua saudação inicial, Dom Airton destaca que, diante do altar, reúnem-se para celebrar o mistério da fé. Na Eucaristia, todos se encontram com o Senhor, e o presbitério, para viver a vontade de Deus e trazer ao mundo a esperança, devem se comprometer em serem Peregrinos de Esperança, anunciando a Boa Nova de Deus para as pessoas.

Para o pároco da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, em Mercês (MG), Padre João Francisco Xavier, “nessa Missa tem muitos aspectos importantes, mas o que eu quero realçar é que a gente busca essa unidade enquanto presbitério da Arquidiocese, pois os padres são os colaboradores diretos do nosso Arcebispo, são importantes enquanto família presbiteral, estar unidos ao nosso Pastor para vivermos a unidade, para vivermos como irmãos neste mesmo presbitério e levar, com a nossa vida, no nosso ministério, Jesus Cristo, para às pessoas que a própria igreja nos confiou”, destaca.

Em sua homilia, o Dom Airton ressaltou a importância de levar para o dia a dia os efeitos do encontro com Cristo, pois “somos discípulos de Cristo, somos seus seguidores, somos aqueles que vão atrás de seus passos e devemos fazer isso com a alegria no coração, sem lamúrias, sem reclamações e sem fingimento, porque  fizemos uma promessa e essa promessa é perpétua, eterna. Nós somos sacerdotes por participação no sacerdócio de Cristo e isso não tem volta, somos e seremos até no final dos tempos, eternamente, diante de Deus”, ressalta.

Para ele, como sacerdotes é preciso apresentar para as pessoas “a proposta de Cristo para que elas não se sintam abandonadas e largadas neste mundo, mas amadas e reconhecidas por Deus e valorizadas por seu amor”.

Logo após, os óleos foram abençoados pelo prelado, que serão usados nos sacramentos do Batismo, da Crisma e na unção dos enfermos.

Segundo o Arcebispo, o Óleo do Batismo será para livrar às pessoas da morte e do pecado eterno; o Óleo dos Enfermos servirá para livrá-las do fim eterno, perdoando todos os pecados e, apenas o sacerdote pode administrá-lo às pessoas, pois consiste, também, no sacramento da Confissão e da Penitência.

O Óleo do Crisma, o qual se unge a fronte dos que se preparam para serem discípulos e testemunhas fiéis de Cristo no mundo, também unge às mãos dos sacerdotes e a cabeça dos bispos para que sejam iluminados pelo Messias. Além disso, com esse Óleo consagra-se os altares e as paredes das Igrejas para que sejam lugares de culto sagrado a Deus.

A participante do Coral da Catedral, Josefa Alves, relata a sua alegria em ver todos os padres, mas, sobretudo, por ver a união entre eles. “É uma sensação maravilhosa participar desse momento único e eu fico muito feliz de ver os padres unidos e isso traz um sentimento de renovação da nossa fé, de alegria, de esperança e de conforto”, relata.

Texto: Dacom/Arquidiocese de Mariana
Fotos: Paulo Cesar Gouvêa e Caio Amora