Desde o início da manhã, com a Via Sacra, até a noite, com a cerimônia do Descendimento da Cruz, o dia da paixão e morte de Jesus Cristo foi lembrado com muita fé pelos católicos, em Mariana, nessa Sexta-Feira da Paixão, 14 de abril.
Na Praça Minas Gerais milhares de fiéis acompanharam o Sermão do Descedimento realizado pelo vigário geral da arquidiocese, monsenhor Celso Murilo de Souza. Em sua fala, monsenhor Celso disse que a paixão é a maior história de amor e não uma simples encenação. “Cristo crucificado habita o sofrimento humano. Não é um teatro que fazemos. Não se trata de folclore ou mera tradição religiosa. Nós nos colocamos diante deste cenário como questionadores do calvário, para aprendermos lições preciosas do episódio impressionante da crucificação de Jesus”, disse o presbítero.
“É urgente encontrar tempo para ouvir Deus. Escutar a sua palavra. Conferir a nossa vida com o seu projeto de amor. Sexta-feira santa é momento oportuno para que isso possa acontecer. O convite que eu dirijo, a cada um que se faz presente nesta praça, é de transformar esta pausa de reflexão em momento de revisão da própria vida, de crescimento espiritual, de aprofundamento do significado da paixão de Cristo”, acrescentou monsenhor Celso. Ele lembrou, também, o tema da Campanha da Fraternidade 2017 e ressaltou sobre a importância de cuidar do meio ambiente.
Para Geralda Vasconcelos, da paróquia Sagrado Coração de Jesus, este é um momento de reflexão para todos os católicos. “Ainda vemos a crucificação acontecendo em nossas famílias. Jesus continua sendo crucificado diariamente. A cora de espinhos que colocamos nele é cheia dos espinhos da corrupção, da falta de amor, da desunião. Então, precisamos participar deste dia com muita reflexão”, afirma.
Depois do sermão, os fiéis caminharam em procissão com o Senhor Morto até a Praça da Sé.