No mês de junho, além das tradicionais festas juninas que animam comunidades em todo o Brasil, a Igreja celebra importantes santos: Santo Antônio, 13; São João, 24; e São Pedro, 29. Para além da cultura popular, esses santos oferecem testemunhos vivos de fé e entrega ao Reino de Deus — especialmente Santo Antônio, reconhecido como padroeiro dos namorados e das causas matrimoniais.
Dom Carlos José, bispo de Apucarana (PR), relembra que Santo Antônio, também chamado frei Antônio, foi um exímio pregador e homem profundamente comprometido com os mais pobres. “Do milagre do pão, aprendemos que quem partilha o que tem, recebe em abundância da Providência Divina”, afirma o bispo, ao relatar a história em que o santo distribuiu os pães do convento aos necessitados, e viu sua generosidade ser recompensada por Deus.
Outro episódio marcante da vida do santo revela sua ligação com a causa matrimonial. Conta-se que, diante da situação de uma jovem sem recursos para se casar, frei Antônio entregou-lhe um bilhete milagroso que resultou na doação de 400 moedas de prata, suficientes para o dote. Desde então, ele é popularmente invocado como intercessor por aqueles que desejam viver um namoro santo e alcançar o matrimônio cristão.
Nesse mesmo espírito, Dom Adimir Mazali, bispo de Erexim (RS), chama atenção para o sentido profundo do namoro cristão. “Namorar é estar em amor. É muito mais do que um estágio de vida: é uma entrega verdadeira que deve aproximar os jovens de Deus”, destaca o bispo. Ele ressalta que, em tempos em que valores cristãos muitas vezes são esquecidos, é essencial recuperar a beleza do relacionamento vivenciado na fé, com diálogo, respeito, castidade e oração.
“O namoro cristão deve ser vivido a três: você, o outro e Deus”, reforça dom Adimir. Segundo ele, a base para um casamento sólido é construída ainda no namoro, por meio do companheirismo e da busca conjunta pela santidade. Em sintonia com o Catecismo da Igreja Católica, o bispo lembra que é dever do casal ajudar-se mutuamente na vivência da castidade e no compromisso com o amor fiel e verdadeiro.
Ambos os bispos reforçam que o testemunho de amor começa já no namoro e se consolida na vivência do matrimônio como vocação e missão. Assim como a Sagrada Família de Nazaré é modelo para todos os lares cristãos, os casais de namorados são convidados a viver esta etapa com maturidade espiritual, discernimento e entrega.
“Que o exemplo de Santo Antônio inspire jovens e casais a se abrirem à vontade de Deus, construindo relacionamentos alicerçados na fé e na verdade do Evangelho”.
Fonte: CNBB Nacional