“José vive o seu sacerdócio no céu”, disse o Diretor Espiritual do Colégio Providência e Diretor da Comunidade Vocacional Nossa Senhora da Assunção, padre Adilson Luiz Umbelino Couto, na homilia da missa de sétimo dia do vocacionado José Fernando da Costa Miranda, celebrada na manhã desta sexta-feira (20), na Capela do Colégio Providência, em Mariana, onde os vocacionados internos da comunidade estudam.
Os alunos do Ensino Médio e a direção do colégio estiveram reunidos para a celebração, que teve a homilia dedicada ao exemplo de vida de José Fernando, falecido no último sábado (14). Em abril, o vocacionado, de 17 anos, havia iniciado o tratamento para eliminação de um tumor na perna. Uma infecção generalizada o levou a óbito. “Embora tenha vivido pouco tempo na Terra, José viveu intensamente tudo aquilo que pôde viver na comunhão com Deus, na comunhão com os irmãos e irmãs”, ressaltou o padre.
Padre Adilson destacou que José encarou com muita confiança a enfermidade, depositando tudo na misericórdia de Deus. “O que nos chamou muita atenção foi a serenidade, a mansidão, a paciência com que ele suportou as dores, todo o tratamento tão intensivo, tão doloroso. Sempre que nós perguntávamos a ele: “como você está?”, ele dizia: “Eu estou bem. E o senhor, como está?”, contou.
Muitos foram sensibilizados pelo falecimento do menino e inclinados à conversão e mudança de vida. “Queremos agradecer a Deus pelos médicos e enfermeiros que foram tocados. Alguns deles foram ao velório – gente que lida com situações assim o dia inteiro. A vida do José tocou até mesmo aqueles que diziam não ter fé e isso é graça. É preciso que um grão de trigo morra, diz o Evangelho, para que produza frutos. Talvez fosse preciso que um jovem rapaz morresse para que a vida ressurgisse”, disse.
O padre pediu para que os presentes continuassem as orações pela família de José Fernando e pedissem a intercessão do menino para também buscarem as coisas do alto. “Como ele era querido! Com a sua vida simples, vida doada. Tudo isso é ensinamento pra todos nós. […] Para os que creem, a vida não é tirada, mas transformada. A vida de José foi transformada e que a sensibilização com a sua enfermidade, o modo como ele a enfrentou, nos ajude também a enfrentar de modo mais esperançoso, de modo mais confiante, de mansidão, de paciência, sem ficar reclamando de qualquer coisa, murmurando”.
Ao final, os alunos do colégio cantaram uma música e leram uma mensagem em homenagem ao colega e amigo de classe.