Um grupo de atingidos pela barragem de Fundão, em Mariana, esteve no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte, nesta terça-feira(4), para acompanhar o julgamento de recurso feito pelas mineradoras contra a liberação do valor para o pagamento da Matriz de Danos dos atingidos. Além de acompanhar o julgamento, o grupo, de cerca de 30 atingidos das comunidades de Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Pedras e Paracatu de Cima, expôs faixas e entregou um manifesto para as pessoas que entravam no TJMG.
No documento, eles reivindicam que a empresa reconheça e cumpra os valores estabelecidos na Matriz de Danos elaborada pela Cáritas Regional Minas Gerais, assessoria técnica de confiança dos atingidos, por meio de estudos junto a universidades e parceiros. Contando com a participação dos próprios atingidos em sua elaboração, a Matriz de Danos é um instrumento que visa valorar os danos sofridos com o rompimento da barragem de Fundão (Mariana, 2015), cujo objetivo é embasar as indenizações, contribuindo para que a reparação seja a mais justa possível.
Na sessão, o desembargador Habib Felippe Jabour pediu vistas do processo, sendo o julgamento remarcado para o próximo dia 11 de fevereiro. Parte das pessoas atingidas não conseguiram participar da sessão devido à lotação do plenário. Diante disso, o desembargador Marcelo Rodrigues, presidente da 2ª Câmara Cível, na qual aconteceu o julgamento, afirmou que o TJ prima pela transparência e os julgamentos são públicos, alegando que irá pleitear um plenário maior para a próxima sessão.
Conheça o manifesto “Matriz de Danos dos atingidos: esperança de uma indenização justa”, elaborado pelos atingidos pela barragem de Fundão de Mariana.
Fonte: Cáritas Regional