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Celebração marca um ano de incertezas em Barão de Cocais

12 de fevereiro de 2020 Arquidiocese

8 de fevereiro de 2019 várias famílias das comunidades Socorro, Tabuleiro, Gongo e adjacências foram retiradas de suas casas, após a Agência Nacional de Mineração determinar a emissão de Alerta nível 2, risco de rompimento de barragem de rejeitos Sul Superior do Gongo Soco. Um ano depois, as famílias continuam vivendo a incerteza sobre retornar para suas casas.

Para marcar essa data, a Paróquia de São João Batista celebrou uma missa no último sábado (8) na estrada de acesso à comunidade de Socorro. “Em conversa com a comunidade, a maioria das pessoas, que participavam da vida religiosa, solicitou que eu conversasse com o padre sobre a possibilidade de uma celebração para não deixar passar em branco este 1 ano de evacuação e também um ano cheio lutas”, explicou a moradora da comunidade, Elida Couto.

“Nossa comunidade sempre valorizou muito as celebrações e  não queremos que isso mude. Desde o início, estamos tentando resgatar o restante que sobrou da comunidade através da fé. Pouco a pouco, a Vale está conseguindo o que sempre quis, que foi desunir a comunidade. Estamos conseguindo lutar e manter um pouco da comunidade unida devido a vontade de voltar e pela fé”, ressaltou Elida.

Segundo Elida, os moradores da comunidades não sabem quando irão retornar para as suas casas. “A previsão de retorno e daqui a 5 anos.
Corremos o risco de sermos desapropriados antes com uma nova lei que está em aprovação. Estamos morando de aluguel, mas não sabemos até quando a Vale vai pagar, porque ela fala que está nos apoiando em tudo, mas já cortou a renda mínima e o cartão alimentação”, afirmou a moradora.