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Sexta-feira Santa: meditação de monsenhor Celso em Mariana

13 de abril de 2020 Arquidiocese

“Senhor Jesus, Deus Crucificado pela vida do mundo,

Ajuda-nos a ouvir o silêncio eloquente da Tua Paixão,

Revelação do Amor infinito do Pai pela humanidade.

Faze que saibamos abandonar-nos contigo nos braços do Pai

Para transformar a história de nossa dor

E de todo o sofrimento humano

Na história do amor que vence a morte!” (Dom Bruno Forte)

 

Jesus «esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo; fez-se obediente até a morte e morte de Cruz. » (Fl2,7). Estas palavras do apóstolo Paulo nos introduzem no mistério que hoje celebramos. Mistério da salvação que Deus nos oferece no sacrifício redentor de Cristo. Em Jesus, Deus nos salvou servindo-nos, dando a vida por nós. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. Somos queridos aos seus olhos, mas Lhe custamos muito caro. Santa Ângela de Foligno testemunhou que na oração ouviu de Jesus estas palavras: «Amar você não foi uma brincadeira». O amor levou Jesus a sacrificar-Se por nós, a tomar sobre Si todo o mal que praticamos. É algo que nos deixa sem palavras: Jesus nos salvou exclusivamente com a força do amor, na humildade, na paciência e na obediência.

Queridos irmãos e irmãs, estamos no mundo para amar a Deus e aos outros: o resto passa, isto permanece. O drama que a humanidade está atravessando neste período de pandemia nos impele a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, não faz sentido, se não se serve, se não nos leva ao compromisso com o bem do próximo. Porque o sentido da vida se mede pelo amor. Nesta noite, em casa, diante do Crucificado, que é a medida do amor de Deus por nós, diante Daquele que nos serve até entregar a vida, contemplando o Crucificado peçamos a graça de viver para servir. Não tenhamos medo de gastar a vida por Deus e pelos outros. Não sejamos mesquinhos e interesseiros, pensando só naquilo que nos falta; pensemos no bem que podemos fazer, nas oportunidades que temos para dar sentido à nossa existência neste mundo, sendo presença de qualidade, na proximidade, na atenção, no cuidado dos irmãos.

A Sexta-feira Santa é a Páscoa da Cruz, a morte da morte, a Páscoa da esperança! Neste dia, Deus se coloca ao lado da humanidade ferida e visita a nossa dor! Cristo crucificado habita o nosso sofrimento e o ilumina, assumindo-o para transformá-lo! É preciso “abraçar o Crucificado para abraçar a esperança” (Papa Francisco).

Caríssimos irmãos e irmãs, ao celebrarmos, hoje, o segundo dia do Tríduo Pascal, a Igreja Católica nos convida à contemplação grata e reverente Daquele que, por amor, se entregou por nós ao Pai, para fazer acontecer a nossa salvação. Fazemos o memorial, quer dizer, tornamos presente o significado salvífico da Paixão redentora de Cristo, a densidade de sua oferta generosa ao Pai pelo bem da humanidade. Tendo amado os seus, que estavam no mundo, Jesus os amou até o fim! (cf.Jo 13,1b). Jesus nos amou até o fim. Este ‘até o fim’ do amor de Jesus significa que seu amor por nós é sem fim, não conhece limites, é amor pleno, amor total. Jesus nos amou até o fim, sem fim! (cf. Santo Agostinho). A Paixão é essa história de um amor maior, gratuito e generoso, é a história do amor misericordioso, capaz de mudar a nossa vida e o destino da humanidade. A Semana Santa nos oferece a oportunidade de mergulhar mais profundamente no oceano da compaixão, da ternura e da bondade de Deus para conosco.

Nestes dias, mesmo vivendo o distanciamento social, em nossas casas, o Senhor passa pela nossa vida, deixando os sinais envolventes de seu amor, as marcas inesquecíveis de sua presença regeneradora, derramando o bálsamo de sua misericórdia. Celebrar a Páscoa da Cruz é valorizar os sinais de Deus em nossa existência. É acolher seus apelos de conversão, aprofundar sua mensagem, comprometer-se com o estilo de vida que o divino Mestre nos deixou como herança. Não basta alegrar-nos com a misericórdia infinita de Deus para conosco. A Paixão de Cristo nos desafia a fazer da misericórdia uma postura de vida, um compromisso diário no relacionamento com o próximo. Amados, amemos! Amados por Deus, amemos os irmãos! Tocados pelo amor de Deus, sejamos instrumentos desse amor que liberta, que transforma e dá sentido à vida humana.

Para bem celebrarmos neste dia especial a Páscoa da Cruz, quero convidá-lo a valorizar a parada estratégica desta quarentena, a fazer deste tempo uma pausa restauradora. Tantas vezes, o corre-corre da vida, o estresse do cotidiano nos levam à superficialidade, a contentar-nos com as aparências, ao apego a coisas secundárias, à perda do sentido da existência.Para uma vida madura e equilibrada temos necessidade de aprender a parar e meditar. É urgente encontrar tempo para ouvir Deus, escutar sua Palavra, conferir nossa vida com seu projeto de amor.

O convite que eu dirijo a cada um (a) de vocês que nos acompanha nesta noite é de transformar esta pausa de reflexão em momento de revisão da própria vida, de crescimento espiritual, de aprofundamento do significado da Paixão de Cristo.

Certa vez alguns estrangeiros piedosos chegando como peregrinos em Jerusalém para adorar o Deus vivo e libertador, fizeram os apóstolos este pedido: Queremos ver Jesus! (cf.Jo 12,20s). Também nós, da mesma forma, repetimos nesta noite. Queremos ver Jesus! No rosto desfigurado do Mártir do Gólgota, queremos ver Jesus, rosto da misericórdia do Pai. Queremos experimentar o mistério desse amor genuíno e restaurador de Cristo. Pendente da cruz, Jesus cumpre aquela profecia de Jeremias que diz: Com amor eterno eu te amei e te atraí com a misericórdia (31,3b). Os laços da misericórdia nos atraem a Jesus e nos fazem senti-lo próximo de nós na caminhada da vida.

“Os cristãos são vizinhos de Deus no sofrimento”. Assim escreveu um teólogo luterano – Dietrich Bonhoeffer – na parede de sua cela, na prisão de Tegel, em Berlim, quando era perseguido pelo nazismo, que o levou ao martírio.

“Os cristãos são vizinhos de Deus no sofrimento”. Assim repetimos, cada Sexta-feira da Paixão, quando nos deixamos tocar pelo drama da morte de Jesus, pois todos nos sentimos marcados pelo mistério da dor e do sofrimento, todos experimentamos a limitação que nos leva a um grito de súplica a Deus para encararmos com coragem as lutas e revezes da vida.

A Sexta-feira Santa vem nos lembrar que, mesmo na hora das provações e desafios, Deus se faz presente do nosso lado, Ele não nos abandona jamais e sabe tirar das experiências negativas e duras algo de positivo para o nosso amadurecimento e crescimento.

“Os cristãos são vizinhos de Deus no sofrimento”. Nesta noite, sentimos a vizinhança compassiva e a proximidade misericordiosa de Jesus no drama do Calvário. Deus visita a nossa dor. Cristo crucificado habita o sofrimento humano. Colocamo-nos diante do drama do Calvário para aprender lições preciosas do episódio impressionante da Crucifixão de Jesus.

Na sua catequese da última quarta-feira, o Papa Francisco convidou os católicos do mundo inteiro a viver esta Semana Santa, em casa, contemplando o Cristo Crucificado e tomando nas mãos o evangelho para meditar. Seguindo a orientação do Papa, gostaria de convidar você a meditar aquela cena que o evangelista São João nos apresenta ao falar da Crucifixão: “Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena. E ao lado de sua mãe, o discípulo que ele amava” (Jo 19, 25s). Esta cena é rica em ensinamentos e muito pode nos ajudar a rezar nesta noite, conscientes de que a cruz de Cristo é a cátedra de Deus, é o ambiente privilegiado para aprofundarmos a nossa fé.

Escreveu um místico cristão: “Nunca se afaste do teu coração o livro da cruz. Quão precioso é este livro, escrito não com tinta, mas com o sangue de Cristo”. “As letras do livro da Cruz são as chagas de Cristo. O enredo da história da Paixão é o amor misericordioso de Deus por nós”.

Amados irmãos e irmãs, contemplemos neste cenário da paixão o próprio Redentor que pende do madeiro, onde consumou o martírio de sua entrega ao Pai pela redenção dos pecados da humanidade. Contemplemos Jesus na Cruz silenciando o nosso coração, procurando tirar proveito espiritual de seu sacrifício redentor e pedindo-Lhe a graça de aprender a lidar melhor com os sofrimentos. Ao percorrer o caminho da Paixão, Jesus não inventou teorias novas, nem deu explicações satisfatórias sobre essa questão. Jesus apenas assumiu a dor humana e deu a ela um sentido de redenção. Sempre é possível aprender algo e tirar um bem maior das lutas e revezes da vida pessoal, familiar e comunitária. Na cruz, Cristo não explicou o sofrimento, mas deu-lhe um sentido, transformou-o em caminho de salvação. Como discípulo de Jesus, eu posso e devo fazer o mesmo: aprender a dar um sentido às cruzes da minha vida. Fazer de cada dificuldade um trampolim para o meu amadurecimento como pessoa, para ser mais capaz de compreender o próximo e de ser solidário com ele.

Nesta meditação do Calvário, peçamos ao Crucificado a graça de ter esculpida em nossos corações a preciosa lição do sentido salvífico do sofrimento. É verdade que o sofrimento é sinal evidente da limitação e do caráter precário da existência humana, mas à luz da fé, o sofrimento tem valor. Jesus nos ama mesmo em nossa fragilidade e está perto de nós também na hora das provações.É possível transformar em oportunidade de crescimento, amadurecimento e santificação as crises, as lutas e desafios do dia-a-dia.

Nestas últimas semanas, no clima de medo, de insegurança e sofrimento diante da pandemia, entre tantas perguntas que as pessoas fazem, certamente nós também ouvimos alguns questionamentos assim: Como é que Deus age diante da dor do ser humano? Onde é que Deus se encontra quando tudo parece dar errado? Por que ele não resolve logo nossos problemas?

A meditação da Paixão de Cristo pode nos ajudar a encarar esses desafios da nossa fé. Não nos esqueçamos, irmãos e irmãs, que na cruz aprendemos as características do rosto de Deus. A cruz de Cristo é a cátedra de Deus. O mal que existe na história humana, inclusive essa pandemia, nunca pode ser atribuído a Deus ou ser considerado um castigo de Deus. Ele é o Criador bom, o Pai amoroso, que fez bem todas as coisas. O que atrapalha a obra de Deus, o que existe de ruim e de errado no mundo é resultado do mau uso da liberdade humana, das escolhas e decisões equivocadas das pessoas. Em vez de cuidar do projeto da criação que Deus lhe confiou, diz o livro do Gênesis que o ser humano desde as origens preferiu construir um projeto alternativo, virou as costas para Deus e introduziu na criação o vírus do pecado, do desequilíbrio e da desordem. São as pessoas humanas que contaminam a obra de Deus, que estragam a natureza e que tornam este mundo poluído e doente. Como é possível garantir a qualidade de vida diante de tanta destruição, poluição, violência e desrespeito à vida? Neste tempo de pandemia Deus está do lado das vítimas, das pessoas que sofrem e perdem a vida, Deus está chorando conosco diante de tantas formas de maldade e agressão, diante de tantas ciladas armadas à vida humana pela sociedade egoísta e mesquinha.

O mistério da cruz de Cristo lembra-nos o valor da vida humana. No Calvário,o evangelho de João nos convida a contemplar a presença materna de Maria, naquele momento sublime em que o Filho de Deus está entregando sua vida para gerar uma nova humanidade. “Tudo o que é novo é gerado com dores de parto”. A morte de Cristo na cruz é o parto de uma nova humanidade, é o nascimento de uma nova família, a família daqueles que o Pai adotaria como filhos e filhas. A missão árdua e solene que Jesus confiou a Maria na Paixão é a de fazer-nos a todos mais parecidos com o seu Filho Jesus.

Maria junto da Cruz é símbolo do equilíbrio e da fortaleza na hora do sofrimento. Sua participação ativa e envolvente no drama da Paixão faz dela a Rainha dos Mártires, a Consoladora dos Aflitos, a Mãe da Piedade. Seu heroísmo nos faz lembrar o testemunho luminoso de tantas mulheres que entregaram e entregam a vida pela causa do evangelho, pela fidelidade a Jesus Cristo. Em nossas paróquias e comunidades, quantas mulheres são modelo de compaixão e gratuidade, na catequese, na liturgia, nos vários trabalhos pastorais. Em tantas formas de serviço e compromisso, elas estão entregando a vida, como Maria ao pé da cruz, estão ajudando a gerar a Igreja viva dos discípulos missionários de Jesus. Pensemos, ainda, no heroísmo de tantas mulheres que no escondimento e no anonimato dos lares carregam o fardo dos parentes, no trabalho da casa, na educação das crianças, sendo presença de equilíbrio e fermento de união diante de tantos desafios que assolam as famílias: a dependência química, as drogas, as separações etc. A presença de Maria ao pé da cruz nos convida a agradecer a Deus o sacrifício incruento de todas essas mulheres conhecidas e anônimas que cuidam da vida e trabalham por um mundo melhor.

A presença no Calvário de João, o discípulo amado, nos convida a meditar também sobre a nossa capacidade de viver o amor verdadeiro, do jeito que Jesus nos ensinou. Do alto do patíbulo Jesus proclama solenemente, como a mística Santa Ângela de Foligno compreendeu em sua oração: “eu não amei você de brincadeira; eu o amo de verdade”. O amor é a marca registrada da vida de Jesus e é o ensinamento precioso que ilumina a escuridão do Calvário. Como cristãos, sentimos a necessidade de “crescer na aprendizagem do amor” (Bento XVI), que é a essência do evangelho, o resumo da vida de Jesus.

O amor humano não pode ser subjugado pelos instintos, não pode ser estragado na busca do prazer imediato, das aventuras sem compromisso. Para garantir a felicidade verdadeira, para chegar à sua plena grandeza, o amor exige aprendizagem, purificação, amadurecimento, renúncia. Quando o amor é degradado ao puro sexo, torna-se mercadoria; como acontece na prostituição, na pornografia, na promiscuidade, que esvaziam o sentido tão belo do amor humano.

O amor verdadeiro, como Cristo nos ensina na Cruz, significa colocar o outro no centro. Para Jesus, o centro da vida é o Pai, com quem Ele vivia a mais profunda comunhão e intimidade filial; o centro da vida é a humanidade ferida que Ele quis salvar.

O amor verdadeiro é um caminho para fora de si mesmo, um sair de si em direção aos outros. Aprender a abrir mão dos próprios interesses, dos projetos pessoais, de uma visão mesquinha da realidade, para ser aberto e acolhedor em relação ao próximo. A experiência da cruz expressa do modo mais eloquente possível que o amor autêntico é descoberta do outro; é cuidado do outro; é busca do bem da pessoa amada. Jesus aceita a morte de cruz para nos ensinar que o amor cristão, o amor genuíno exige renúncia, sacrifício, doação, esforço, compromisso.

O amor não pode ser apenas um sentimento; deve envolver todas as dimensões do ser humano, deve se concretizar em gestos, atitudes, num jeito de ser presença e de conviver, num estilo de vida, enfim. O amor nunca está concluído e completado. Transforma-se ao longo da vida, amadurece e se renova. A figura do discípulo amado junto da cruz de Jesus garante a cada um de nós que o amor é possível e somos capazes de praticá-lo porque criados à imagem e semelhança do Deus-Amor.

A presença de Maria Madalena no Calvário, normalmente identificada com a pecadora arrependida e perdoada, evoca-nos a convicção de que nada é mais revolucionário do que essa lição do perdão que Jesus deixou como herança sagrada para os seus seguidores. O perdão acolhido, experimentado, praticado pode mudar o rumo da história, pode melhorar sensivelmente o relacionamento das pessoas na família, no ambiente de trabalho, em todos os setores da vida social.

Nós só aprendemos a perdoar verdadeiramente, quando temos diante dos olhos a atitude bondosa de Deus, quando lembramos a maneira desconcertante com que Ele nos trata, mesmo diante de nossas falhas e fragilidades. Ele não exclui nenhum filho do abraço regenerador de sua compaixão. Da maneira como Deus nos trata, assim devemos aprender a tratar o nosso próximo.

Para perdoar precisamos alimentar em nós a consciência da própria limitação. Só assim seremos capazes de pedir perdão e nos dispormos a perdoar a quem errou. Como é difícil e desafiante para o ser humano da nossa época sentir-se limitado e pecador! O avanço da tecnologia, das ciências, as novas descobertas e possibilidades que facilitam a vida levam, cada vez mais, as pessoas a uma sensação de autossuficiência, de prepotência, de mania de grandeza, de orgulho e vaidade.

Só quando nos sentimos fracos e limitados é que Deus pode tornar-se forte e importante em nossa vida, como Jesus tornou-se importante na vida de Madalena. Só quando admitimos a força negativa do pecado Deus pode nos restaurar com a força positiva da sua graça e do seu perdão. Pecado significa errar o alvo, perder o rumo, tomar um caminho equivocado. O pecado é ruptura, é alienação, é a ilusão de querer ser feliz sem Deus. Pecado é perda de energia, é fechamento, é extravio.

Perdoar é encontrar o rumo certo, tomar o caminho justo. Perdoar é entrar em comunhão, é abertura e acolhida. Perdoar é devolver ao outro a alegria de viver. Perdoar é dar ao outro uma chance para recomeçar. Perdoar é doar-se totalmente pela felicidade do outro. Perdoar é dar uma chance ao amor. Perdoar é ser feliz com Deus e com os irmãos! É colocar o amor do Pai como critério de nosso projeto de felicidade.

O perdão é o melhor presente que podemos oferecer ao nosso próximo. O perdão é a maneira mais cristã de amar. O perdão é a nossa responsabilidade pelo bem do próximo. O perdão muitas vezes é o amor sofrido, o amor difícil, o amor sacrificado, mas é o amor que nos faz mais próximos do amor que Jesus ensinou na cruz.

“Deus não desiste de nós; nós não podemos desistir do nosso próximo”. A presença de Madalena no Calvário quer nos lembrar que Jesus nunca deixa de amar e perdoar os pecadores.

Irmãos e Irmãs, permitamos que sejam gravados em nossos corações os ricos ensinamentos da cena do Calvário, que agora contemplamos. Que nunca se afaste de nossos corações o livro da cruz, livro precioso escrito com o sangue do Redentor. Levemos para a nossa vivência o compromisso de dar um sentido aos sofrimentos, de valorizar a vida que Jesus nos trouxe com a sua morte, de crescer na aprendizagem do amor e na prática do perdão.

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo,

Que cumprindo a vontade do Pai,

E agindo com o Espírito Santo,

Pela vossa morte destes vida ao mundo,

Livrai-nos dos nossos pecados e de todo o mal.

Pela vossa gloriosa Paixão e Morte de Cruz,

Dai-nos cumprir, sempre, a vossa vontade

E jamais nos separarmos de Vós! Assim seja.

Mons. Celso Murilo Sousa Reis

10.14.2020

Foto: Carolina Pessoa