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Seminaristas retornaram para as casas de formação

02 de novembro de 2020 Arquidiocese

Após seis meses em casa, os seminaristas retornaram para as casas de formação do Seminário São José em Mariana.  O retorno foi gradual, seguiu todas as recomendações de prevenção da Covid-19, e foi concluído no dia 30 de outubro.

O diretor da Etapa do Discipulado, padre Euder Canuto Monteiro, disse que o retorno em fases foi necessário. “Esse retorno em fases foi necessário para que nos adaptássemos à nova realidade que vivemos de modo que a acolhida de cada um deles fosse segura e tranquila”, afirmou.

Segundo padre Euder, o retorno dos seminaristas está sendo vivido como um momento de graça para o Seminário. “Todos voltamos um pouco diferentes. A pandemia nos tem despertado mais para a sensibilidade, para os valores de uma vida comunitária. O tempo em casa com a família, quase 7 meses, ajudou os seminaristas também a perceber concretamente quanto a família deles é importante em seu processo de discernimento e a conviver com sua própria realidade enquanto seguia o processo formativo uma vez que este não parou por causa da pandemia mas foi experimentado de um modo diferente através de acompanhamento remoto por meio das ferramentas de Internet disponíveis. Além disso, sentimos que eles retornam muito entusiasmados e motivados a prosseguir o caminho uma vez que na casa formativa encontram-se com os seus irmãos de comunidade que buscam a mesma meta, querem ser padres, responder ao chamado de Deus”, disse.

Para o seminarista Ronan Prata, terceiro ano da Etapa do Discipulado, voltar para o seminário é motivo de alegria. “Eu, particularmente, pude perceber o valor da dimensão comunitária, que não é, apenas, para cumprir um protocolo, mas, a graça de caminhar com aqueles que possuem o mesmo foco que o meu: o discernimento vocacional para o sacerdócio e a santidade. Somos jovens de diferentes famílias, pensamos diferente, temos uma criação diferente, porém, o desejo de trilhar o caminho da vontade de Deus é o que nos faz um. Portanto, retornar ao Seminário, mesmo com as devidas restrições, por ocasião da pandemia, é uma graça e a manifestação do amor de Deus que cuida de cada um de nós”, ressaltou.

“Como sempre lembram os formadores, que ‘o seminário só tem razão de ser como a presença de nós seminaristas’. Quando fomos surpreendidos em continuar o processo formativo em casa, junto de nossas famílias, foi de grande valia, porém a intensa vivencia comunitária que tínhamos no seminário ficou em devaneio. Neste sentido, ter o retorno ao seminário, de modo gradativo, como foi feito, muito nos alegrou. Ressalto a experiência que tive sendo comtemplado como um dos primeiros a retornar, onde pude vivenciar de modo significativo o encontro com o outro, naquilo que Cristo nos propõe “Amais-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo.13,34). A convivência experimentada nestes tempos, foi marcada por um forte espírito de fraternidade, de modo que cada turma que chegava se integrava novamente à comunidade no mesmo espírito. Por fim, destaco a alegria de estarmos juntos, mesmo que por caminhos diferentes, tendo o mesmo ponto referencial, Cristo”, relatou o seminarista Magno Reis.

Espiritualidade

No dia de todos os santos, 1 de novembro, os seminaristas tiveram um dia de espiritualidade com monsenhor Celso Murilo. Eles foram convidados a meditar sobre como viver a santidade nesse contexto atual procurando perceber as alegrias e as tristezas presentes nos dias de hoje e, nesse sentido, aprender a viver a sua resposta vocacional nesse tempo.