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“É no encontro que a gente encontra força!”, enfatiza Silene Gonçalves na abertura do 7º Encontro de Mulheres

10 de março de 2021 Arquidiocese

Motivadas pelo tema “Mulheres: presença forte na defesa da vida!” e o lema “Foi e anunciou aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’” (Jo 20,18), aproximadamente 160 mulheres se reuniram, de forma virtual, na noite desta segunda-feira (08), Dia Internacional da Mulher, para a abertura do 7º Encontro de Mulheres da Arquidiocese de Mariana. Este ano, devido à pandemia da Covid-19, toda a programação do evento está acontecendo on-line. 

Ressaltando a fala do Papa Francisco sobre as mulheres terem sido as primeiras testemunhas da ressurreição e inspiradas pelo lema do 7º encontro, o primeiro dia do evento enfatizou como a figura marcante de Maria Madalena, a primeira a ver o Cristo ressuscitado, reverbera em nossa sociedade e em cada uma das mulheres. “Queremos aprender com Maria Madalena a ser essa mulher forte que lutou e não mediu esforços para, diante a uma sociedade completamente machista, soube se colocar e ser verdadeira discípula de Jesus Cristo”, destacou a representante leiga da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana, Silene Gonçalves, ao citar sobre as desigualdades e violências cometidas contra as mulheres. 

“Nós queremos refletir justamente isso nesse encontro de mulheres: nós, mulheres, somos portadoras da vida e da esperança e também as escolhidas para ser a portadora da Boa Nova, da ressurreição de Jesus. E é isso que nós queremos continuar sendo: discípulas, missionárias e portadoras da esperança e da Boa Nova diante a todos os desafios que enfrentamos”, pontuou Silene. Ela ainda destacou a importância do encontro está acontecendo neste ano, mesmo que de forma virtual, pois o evento se caracteriza como um espaço de fala, escuta, partilha e cuidado de uma com as outras. “É no encontro que a gente encontra força!”, enfatizou.

Em sua acolhida, o coordenador da Dimensão Sociopolítica, o padre Geraldo Martins Dias, refletiu sobre as mulheres serem defensoras da vida em todas as instâncias. “Onde a vida está ameaçada, ali está a mulher para defender”, afirmou. O sacerdote ainda acentuou os locais ocupados pelas mulheres na sociedade, muitos deles, como na política, a partir da sua luta, evidenciando que a presença feminina está em todos os locais.

Entretanto, como destacado pela integrante da Comissão Arquidiocesana de Mulheres, Leci Conceição do Nascimento, e também pontuado por outras participantes, as mulheres, especialmente, as negras e indígenas, ainda são a minoria nos espaços de tomada de decisão e poder. “Somos muitas vezes uma presença minoritária nos espaços de poder, mas temos muitos sinais de ressurreição”, ressaltou Leci. 

Durante o primeiro dia, diversas mulheres deram os seus testemunhos sobre as suas experiências de fé e vivência nas mais diversas áreas de atuação como na economia, educação, política, agricultura, meio ambiente, movimento popular, saúde, moradia, Vida Consagrada e Igreja e os desafios que são enfrentados diariamente.

Além das mulheres da Arquidiocese de Mariana, participaram também da cerimônia de abertura os padres Marcelo Moreira Santiago, ex-assessor da Dimensão Sociopolítica, Geraldo Martins Dias e Luiz da Paixão Rodrigues, a liderança Krenak e coordenadora do Instituto Shirley Djukurnã Krenak, Shirley Krenak, e mulheres das Dioceses de Itabira/Coronel Fabriciano (MG) e Caratinga (MG).