As coletas da Solidariedade e a para os lugares santos, que ocorrem, respectivamente, no Domingo de Ramos e na Sexta-Feira Santa, foram adiadas na Arquidiocese de Mariana. A decisão foi deliberada na tarde desta sexta-feira (26), durante reunião do Conselho Episcopal.
O motivo do adiamento considera o atual estado da pandemia da Covid-19 e as orientações arquidiocesanos para a onda roxa do Plano Minas Consciente e para a Semana Santa, uma vez que as celebrações da Semana Maior, que se inicia neste domingo (28), ocorrerão de forma restrita, sem a presença dos fiéis.
Diante disso, a Arquidiocese de Mariana orienta que a Coleta da Solidariedade, que ocorreria no Domingo de Ramos, seja realizada em 23 de maio, Dia de Pentecostes. Segundo o representante dos presbíteros e diretor do Departamento Arquidiocesano de Comunicação (Dacom), padre Paulo Barbosa, a Coleta da Solidariedade é fruto da penitência quaresmal e oferta para os projetos de promoção humana que são idealizados por meio dos Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade. “Todos os anos, a Campanha da Fraternidade nos exorta à participação solidária e generosa para com os projetos sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Arquidiocese”, explica sobre a finalidade da arrecadação das doações dos fiéis.
Em entrevista ao portal da CNBB, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e Secretário-Geral da CNBB, Dom Joel Potella Amado, afirmou que os recursos doados em 2021 serão utilizados para apoiar iniciativas que ajudam as pessoas e grupos a superarem as dificuldades decorrentes da pandemia da Covid-19. “Você pode até achar que o que você tem para doar é pouco, mas somado a outras contribuições fará um bem gigantesco a muitos grupos vulneráveis no Brasil apoiados com os Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade. Faça a sua oferta de coração aberto, como gesto concreto desta Quaresma”, afirmou.
Já a Coleta pelos Lugares Santos, que aconteceria na Sexta-Feira da Paixão, será realizada em 14 de setembro, dia da Exaltação da Santa Cruz. O padre Paulo Barbosa explica que essa coleta é muito importante para a fé e a devoção cristãs, pois é destinada aos lugares santos e a missão que a Igreja exerce nesses locais.
O Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Orani João Tempesta, em artigo escrito para o portal da CNBB, em setembro de 2020, afirmou que a Coleta pelos Lugares Santos ocorre há vários anos e, além de contribuir para a preservação dos locais sagrados, ajuda a “sustentar a pequena comunidade cristã dessa região que tem recursos escassos”. “Essa coleta é uma maneira de manter viva a história e salvaguardar a imagem do local onde Jesus viveu. O Oriente Médio, em especial a Terra Santa, recebe a visita de peregrinos durante todo o ano e é preciso manter viva essa tradição: tendo os templos em bom estado e tendo recursos para receber esses peregrinos”, escreveu à época.
Aprovada pelos bispos do Brasil desde 1964, a Coleta da Solidariedade é a tradução da caridade na quaresma por meio do gesto concreto de doações dos fiéis na coleta do Domingo de Ramos de cada comunidade e paróquia.
Os recursos arrecadados integram os Fundos Diocesanos e Nacional de Solidariedade que têm o papel de apoiar iniciativas que promovem a vida e a caridade em todo país. Do total arrecadado, 60% fica na própria Diocese e é gerido pelo Fundo Diocesano de Solidariedade que tem como objetivo apoiar iniciativas e projetos locais. Os outros 40% compõem o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), que é administrado pelo Departamento Social da CNBB, sob a orientação do Conselho Gestor da CNBB.
*Com informações do site da CNBB