Impossibilitados de realizar a 30ª edição da Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras, a Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana promoveu, em 1ª de maio, uma celebração virtual para marcar a data. À ocasião, guiados pelo lema “Pacto pela Vida: um grito contra a perda de direitos”, profissionais e diversas áreas relataram os desafios enfrentados devido à pandemia.
“A intenção desse momento é dizer aos trabalhadores e trabalhadoras e aos mais de 14 milhões de desempregados que nós somos solidários a todos vocês. Nós empunhamos suas bandeiras de luta em favor de sua dignidade, pelo pacto pela vida e em defesa de um Brasil justo, fraterno e solidário”, destacou em sua fala o Coordenador da Dimensão Sociopolítica, padre Geraldo Martins Dias.
De acordo com a representante leiga da Dimensão Sociopolítica, Silene Gonçalves da Silva, a celebração deste ano propôs como gesto concreto assumir o compromisso com o “Pacto pela Vida e pelo Brasil”. Ainda, busca ajudar na mobilização para conseguir um milhão de assinaturas no documento que tem como intuito reivindicar “Vacina já e para todos” e o auxílio emergencial de R$600,00.
“Mais que conseguir as assinaturas, [o objetivo] é promover uma ampla discussão e conscientização sobre o nosso papel de cristãos e cristãs comprometidos com a vida e, em especial, com a vida ameaçada”, destacou Silene.
Em sua participação, o Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, ressaltou que o “Pacto pela vida e pelo Brasil” trabalha em busca do bem comum para todos e, por essa razão, exige a união de toda a sociedade. “O desafio é enorme: a humanidade está sendo colocada à prova pela pandemia. A vida humana está em risco, mas não podemos perder as esperanças”, afirmou.
Ao final do evento, foram realizados momentos de mística e motivação para a 30ª edição da Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras. A expectativa é que o encontro, que foi adiado em 2020 devido à pandemia, aconteça presencialmente no próximo ano na cidade de Acaiaca (MG).
Neste ano, a Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Arquidiocese de Mariana completa 30 anos. Desde o seu surgimento, em 1991, a celebração é marcada pela fé e pela luta pelos direitos. “A Romaria tem como tradição refletir sobre um tema atual a cada ano. Além disso, tem como propósito não ser apenas um evento isolado, mas um processo de conscientização da luta de classe e tentar, de alguma forma, influenciar a realidade desafiadora com a organização da sociedade civil e dos movimentos”, explicou Silene.