sábado

, 03 de maio de 2025

Cúria Metropolitana

Vigário Geral e Vigário Geral para o Clero: Mons. Enzo dos Santos

Vigário Geral para a Gestão e Administração: Mons. Nedson Pereira de Assis

Chanceler: Pe. Fabiano Alves de Assis

Ecônomo Arquidiocesano: Pe. José Geraldo Coura

Coordenador Arquidiocesano de Pastoral: Pe. José Geraldo de Oliveira

Diretor do Arquivo Eclesiástico: Pe. Leandro Ferreira Neves

 

Endereço:

Rua Cônego Amando, nº 161, Bairro São José
Caixa Postal 13, CEP: 35426-060 – Mariana-MG
Tel.: (31) 3557-1237 | (31) 3557-1017
E-mail: curiametropolitana@arqmariana.com.br

Expediente: segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 13h às 17h

A história da Cúria Metropolitana de Mariana

Desde sua fundação em 1745, até os desmembramentos de territórios feitos a partir do século XIX, foi da Cúria Metropolitana de Mariana que foram lançadas decisões e olhares para as Minas Gerais da fé.

Por muitos anos, no passado, a Cúria funcionou juntamente com a residência episcopal, portanto onde o prelado morava administrava-se a Diocese. Em 1748, com a chegada do primeiro Bispo — Dom Frei Manuel Ferreira Freire da Cruz — o casarão “Conde de Assumar” era o único prédio na vila capaz de abrigar o Bispo e o governo diocesano.

Na época o local pertencia ao Conde de Assumar, governador e Capitão-mor da Capitania de São Paulo e Minas Gerais. Dom Frei residiu na residência por alguns anos, até que o proprietário decidiu cobrar um valor muito alto pelo aluguel, forçando-o a transferir-se para o Palácio da Olaria, em 1753. O palácio foi doado para a Diocese por um abastado lavrador e mineiro chamado José de Torres Quintanilha.

Além de Dom Frei Manuel, residiram e administraram nesta localidade, à época chamado de Paço Episcopal, Dom Frei Domingos da Encarnação Pontével, Dom Frei Cipriano de São José, Dom Frei José da Santíssima Trindade, Dom Antônio Vicente Ferreira Viçoso, Dom Antônio Maria Correia de Sá e Benevides, Dom Silvério Gomes Pimenta e Dom Helvécio Gomes de Oliveira.

Devido à situação precária, o palácio deixou de ser residência arquiepiscopal em 1926, quando Dom Helvécio mudou-se para o então recém-construído Palácio Getsêmani, um anexo atrás da Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Mariana.

Com a mudança, foi desprendida a residência da Cúria, que passou a funcionar na chamada “Casa Capitular”, na rua Frei Durão, no centro da cidade. O prédio começou a ser construído por Dom Frei Manuel da Cruz, em 1753.

A Cúria funcionou neste endereço até 1962, quando deu lugar para o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, inaugurado em setembro do referido ano. Na edição n.º 153 do jornal “O Arquidiocesano”, um entrevistado questiona onde seria o novo local da sede administrativa da Arquidiocese.

“Provisoriamente será colocada a parte de expediente na ex-Casa residencial do Cônego Braga […]. S. Excia, [Dom Oscar de Oliveira] pretende, em breve, construir outro prédio, para abrigar o importante e precioso arquivo, bem como atender as outras atividades da Cúria e Departamentos Diocesanos”, respondeu o jornal oficial da Arquidiocese de Mariana.

A casa mencionada encontra-se na praça Doutor Gomes Freire, e desempenha atualmente a função de anexo ao Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. A Cúria e o Arquivo Eclesiástico há muito tempo sofriam com a falta de um lugar adequado para o funcionamento. É descrito no 3º volume do livro “Archidiocese de Mariana — subsídios para sua história”, de autoria do Cônego Raymundo Trindade, que o velho Palácio dos Bispos era afastado do centro, “pobre de luz e farto de humidade”.

Dom Oscar ciente da situação, e como mencionado no “O Arquidiocesano”, construiu um prédio projetado para ser o lar do órgão administrativo e pastoral da Arquidiocese de Mariana.

Às 13h do dia 6 de janeiro de 1966 era inaugurada com todas as pompas e festividades a nova Cúria Metropolitana, localizada na rua Direita. O espaço foi cuidadosamente pensado com salas adequadas “para o arquivo, para o tribunal eclesiástico, para reunião do Clero, salas para o Arcebispo, o Vigário Geral, o Chanceler, salas para o departamento de catecismo, etc…”, pontua O Arquidiocesano de 9 de janeiro de 1966.

Por 57 anos esta Igreja Particular foi governada da rua que está no coração de Mariana. Dom Oscar, Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, Dom Geraldo Lyrio Rocha e Dom Airton José dos Santos trabalharam nesse prédio.

Em 2023, após 95 anos, a Arquidiocese de Mariana voltou a ser administrada do Palácio da Olaria. Ele foi residência de oito Bispos e dois Arcebispos, entre os anos de 1753 a 1928. Nele, passaram muitas decisões e célebres personagens históricos, como o Imperador do Brasil, Dom Pedro II; e o 13° presidente da República, Washington Luís Pereira de Sousa.