A mobilização da 6ª Semana Social Brasileira (6ªSSB), com o tema “Mutirão pela vida: por terra, teto e trabalho”, inicia 2022 com o lançamento do “Caderno 6, da Coleção Mutirão de Formação”. Esse subsídio poderá ajudar na metodologia e reflexão para construção do Projeto Popular O “Brasil que queremos: o Bem Viver dos povos”.
Este novo ciclo de mobilização da 6ªSSB, até 2023, é resultado do acumulo das reflexões, gestos concretos e ações sociotransformadoras com as realizações das SSB´s, nos seus 30 anos de existência. Soma-se a esse acumulo a atual conjuntura sociopolítica, socioeconômica, socioambiental e sociocultural que tem desafiado a Igreja, os movimentos sociais e populares, comunidades do campo e da cidade a esperançar e propor outros futuros, a romper com estruturas de violência, injustiça social e de destruição da Casa Comum.
Acesse aqui o Caderno 6. O material está no formato digital, em breve será disponibilizado impresso.
Ainda, foi divulgado o calendário para o novo ciclo da 6ª Semana Social Brasileira, que será de 2022 a 2023. Confira aqui o novo calendário.
A 6ª Semana Social Brasileira foi aprovada na 57ª Assembleia Geral da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 2019, e se insere num processo amplo de colaboração para a transformação da sociedade com a pastorais sociais, movimentos populares, organizações sociais e igrejas.
O objetivo imediato da 6ª SSB “é sensibilizar a sociedade, mobilizar e articular forças sociais, fortalecer e multiplicar as lutas por direitos para desencadear novos processos de luta e de organização populares em torno do desafio/apelo/exigência maior de nosso tempo: ‘nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que provém do trabalho”, nota o professor e teólogo Francisco de Aquino Júnior ao lembrar odiscurso do papa Francisco aos participantes do Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em 2014, em artigo publicado no site ssb.org.br.
Aquino lembra que a 6ª SSB “Quer despertar, renovar e dinamizar a dimensão socioestrutural da fé e da missão evangelizadora da Igreja. E faz isso convidando as igrejas, as religiões, as organizações populares e o conjunto da sociedade para um grande ‘mutirão pela vida’. Está em jogo a vida de grande parte da população, a quem é negada até as condições materiais básicas de sobrevivência: ‘terra, teto, trabalho’. Essa situação se impõe como imperativo ético-religioso maior de nosso tempo e exige um grande mutirão que articule forças sociais e fortaleça e desencadeie processos sociais em vista da garantia desses direitos que, como afirma o papa Francisco, são ‘direitos sagrados’”, relata o teólogo.
O professor enfatiza que se o direito à terra, teto e trabalho envolve e “compromete todos os seres humanos (senso ético-humanitário), envolve e deve comprometer de modo particular os crentes (fé religiosa)”. Ele lembra que no “caso concreto do cristianismo, cujo centro é o amor fraterno e cuja medida são as necessidades dos pobres e marginalizados, é algo decisivo”. Com isso, o professor ressalta que “não é estranho que a Igreja assuma a tarefa de convocar, mobilizar e articular um ‘mutirão pela vida’. O cuidado da casa comum, a defesa da vida, a garantia dos direitos dos pobres e marginalizados estão no centro do Evangelho”, enfatiza Aquino Junior.
Texto: CNBB com informações da Assessoria de comunicação da 6ª SSB
Imagem: CNBB