terça-feira

, 18 de junho de 2024

7ª Romaria das Águas e da Terra da Província Eclesiástica de Mariana reúne milhares de pessoas em Naque

18 de junho de 2024 Arquidiocese

Aconteceu no último domingo, 16 de junho, a 7ª Romaria das Águas e da Terra da Província Eclesiástica de Mariana e a 3ª Romaria de toda a Bacia do Rio Doce. A peregrinação foi realizada na cidade do Naque (MG), pertencente à Diocese de Governador Valadares (MG), e teve como tema “Bacia do Rio Doce, nossa Casa Comum”.

Com o lema “Construindo novos céus e nova terra, com repactuação justa e participação popular” (Is 65,1), a Romaria contou com a participação de cerca de quatro mil pessoas, vindos das várias paróquias de Governador Valadares e de outras (Arqui)dioceses. À ocasião, caravanas das regiões Norte, Leste e Oeste da Arquidiocese de Mariana também estiveram presentes.

Durante toda a semana que antecedeu a romaria, missionários da Província Eclesiástica de Mariana e da Diocese de Colatina (ES) estiveram na cidade de Naque, realizando missões na Paróquia Santo Antônio e em comunidades rurais, preparando o terreno espiritual para a grande celebração.

Na oportunidade, o Bispo da Diocese de Governador Valadares, Dom Antônio Carlos Félix, explicou a importância e os objetivos da romaria. Segundo ele, o evento “tem a finalidade despertar nas pessoas o reconhecimento e a importância de se cuidar melhor do nosso planeta”.

“Nós temos, sim, que proteger a vida na sua totalidade: a vida das plantas, dos animais, mas sobretudo a do ser humano. E cuidando bem do planeta, não o destruindo, como tem acontecido com as mineradoras e o agronegócio, consequentemente, a vida dos habitantes do planeta se tornará melhor”, defendeu Dom Félix.

Padre Romério da Silva, da Diocese de Governador Valadares, esteve presente na celebração e relatou o histórico dos impactos da mineração na região e o contexto da criação da Romaria das Águas e da Terra na Província Eclesiástica de Mariana.

“Com o rompimento da barragem, lá na região de Mariana, acabou destruindo ainda mais aquilo que muitos buscavam como sobrevivência […]. A romaria é um grito e a voz profética daqueles que estão calados e que ainda não conseguiram a justiça necessária para sobreviver e rever a beleza do Rio Doce de novo, restaurado”, pontuou.

A 7ª Romaria das Águas e da Terra foi encerrada com a missa campal celebrada por Dom Félix e concelebrada pelo Bispo da Diocese de Sete Lagoas (MG) e Presidente da Comissão Episcopal Regional para Ecologia Integral e Mineração da CNBB Leste 2, Dom Francisco Cota. A celebração contou com a presença de vários padres, seminaristas e diáconos.

Próxima romaria será na Arquidiocese de Mariana

No encerramento da programação, foi lida e aprovada por todos os presentes a Carta da 7ª Romaria das Águas e da Terra ao povo de Deus, documentando os compromissos e esperanças dos romeiros.

Também foi anunciado que a Arquidiocese de Mariana será a sede da 8ª Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce, marcando o próximo passo dessa jornada de fé e luta por justiça ambiental.

Leia a carta na íntegra: Carta da VII Romaria das Águas e da Terra

Com informações da Diocese de Governador Valadares e Wellington | Comissão Episcopal Regional para Ecologia Integral e Mineração da CNBB Leste 2
Fotos: Nil Rodrigues – Pascom Diocesana GV