O arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, se reuniu nessa sexta-feira (11), no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana, com membros dos Conselhos Comunitários de Pastoral e os párocos de Gesteira, Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. O encontro teve como objetivo ouvir a comunidade eclesial sobre seus anseios quanto ao bens culturais, igrejas e objetos sacros de propriedade da Arquidiocese atingidos ou destruídos pela lama.
Dom Geraldo destacou a importância de a comunidade eclesial ser ouvida a respeito da reconstrução de seu patrimônio perdido ou danificado pela tragédia de 2015. Ele explicou que, embora a responsabilidade do patrimônio seja da Arquidiocese, cabendo-lhe a decisão sobre como deve ser reparado, nada será decidido sem que a Igreja ouça as lideranças da comunidade eclesial, por isso, convocou a reunião.
A assessora jurídica da Arquidiocese, Ana Clara Gomes Lima Pinto, informou que toda questão referente ao patrimônio artístico, sacro e cultural da Arquidiocese, destruído nas comunidades atingidas, está sendo discutida sob a mediação da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico. Já o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Geraldo Martins, que coordenou a reunião, acentuou a necessidade dos Conselhos de Pastoral das comunidades acompanharem de perto, junto com seus párocos, todos os desdobramentos a respeito do patrimônio que pertence à Arquidiocese, presente na comunidade eclesial.
Os membros dos Conselhos das três comunidades reafirmaram que cada comunidade reivindica da empresa Samarco e Fundação Renova, entre outras coisas, a restauração das igrejas danificadas ou destruídas pela lama, sem prejuízo da construção de novas capelas nos locais de reassentamento das novas comunidades.