sexta-feira

, 10 de janeiro de 2025

Capela de Santa Teresa D’Ávila é depredada no distrito marianense de Bandeirantes

10 de janeiro de 2025 Arquidiocese

Na noite da última segunda-feira, 6 de janeiro, a Capela de Santa Teresa D’Ávila, localizada no distrito de Bandeirantes, em Mariana (MG), foi fortemente depredada. Segundo a Polícia Militar, o homem responsável pelo dano estava em surto psicótico e destruiu cadeiras, portas, bancos, danificação do forro do teto, lustres, castiçais e a pedra do altar, chamada de pedra d’Ara.

Pertencente a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, o templo é datado do século XVIII, de arquitetura maneirista, uma fase arquitetônica mais primitiva que antecede o barroco.

Tapumes colocados nas duas entradas da capela promovendo uma maior segurança para o local.

Segundo o Pároco, Padre Marcelo Moreira Santiago, trata-se de uma capela ativa, pois ali celebram-se missas uma vez por mês, no primeiro domingo, tendo a última rezada no dia 5 de janeiro, um dia antes do ato.

Na capela não permanece o Santíssimo Sacramento, o que evitou, para além dos danos causados, qualquer profanação. As imagens históricas, que pertencem ao acervo, ficam na reserva do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, em Mariana, e são levadas para a comunidade, sobretudo a imagem da Padroeira, Santa Teresa D’Ávila, apenas por ocasião de sua festa.

Imagem quebrada de Nossa Senhora Aparecida no chão do templo após o ato de depredação.

A Arquidiocese de Mariana lamenta o ocorrido, solidarizando-se com a comunidade local. Medidas já estão sendo tomadas pela Arquidiocese, como o fechamento da Capela com tapumes para impedir o acesso de pessoas mal-intencionadas, promovendo uma maior segurança para o local.

Por se tratar de uma capela tombada pelo município, um projeto de manutenção do espaço está em elaboração e será apresentado a Secretaria Municipal de Cultura, através do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAT), para que o templo possa ser reaberto à comunidade o mais breve possível.

Pedaços da pedra d’Ara que anteriormente ficava sobre o altar.

Desde o acontecimento, a comunidade vem se mobilizando para levantar recursos para ações imediatas, como a aquisição de objetos litúrgicos e de alguns consertos, como os de alguns bancos, que não foram totalmente danificados.

A capela permanecerá fechada até que haja condições de acolher novamente os fiéis nas celebrações religiosas que ali se realizam.

Castiçal com vela danificados ao lado de outro pedaço de Nossa Senhora Aparecida.

Texto e fotos: Paulo César Gouvêa/Arquidiocese de Mariana