Promovido pela Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Mariana, aconteceu no último dia 27 de junho, o II Encontro de Pastoral da Sobriedade, Comunidades Terapêuticas e Instituições afins. O encontro aconteceu na Faculdade Arquidiocesana de Mariana e teve como objetivo principal fortalecer a rede de atenção aos dependentes químicos e suas famílias. Ao final do encontro foi redigida e aprovado a carta compromisso que segue publicada com o visto do arcebispo, Dom Geraldo Lyrio Rocha:
Carta compromisso do II Encontro da Pastoral da Sobriedade, Comunidades Terapêuticas e instituições afins
No dia 27 de junho de 2016, nos reunimos no Seminário de Filosofia em Mariana para o II Encontro da Pastoral da Sobriedade, comunidades terapêuticas e instituições afins. Marcaram presença os agentes da Pastoral da Sobriedade, representantes das comunidades terapêuticas, centros de acolhida, Conselhos Municipais de Políticas sobre Drogas (COMAD), Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPS – AD), Alcoólicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos (NA) e o Amor Exigente (AE). Nosso objetivo principal foi conhecer os diversos serviços presentes nas cidades da arquidiocese de Mariana, para construir e consolidar a rede de atenção aos dependentes químicos e suas famílias.
Em um primeiro momento foi realizada a apresentação do Marco Regulatório das Comunidades Terapêuticas, legislação que entrará em vigor em agosto próximo, normatizando os trabalhos das CT’s. O tema despertou uma ampla discussão entre os participantes, bem como, numerosas críticas às disposições deste marco regulatório e uma grave apreensão em relação ao futuro das CT’s, que possivelmente encontrarão dificuldades para se adequar a ele. Na sequência, desenvolvemos o tema “rede de atenção”, que foi aprofundado em trabalho de grupo.
Inspirados no Evangelho do Bom Samaritano e partindo da compreensão da íntima união da Igreja com toda a humanidade compreendemos que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e angustias dos discípulos de Cristo” (GS 1), nos propomos a:
a) Mapear mais detalhadamente os serviços presentes nas cidades da Arquidiocese e confeccionar um folder informativo para divulgar estes serviços;
b) Fortalecer a ajuda mútua entre os serviços prestados pela Pastoral da Sobriedade , CT’s, grupos de família e o serviço público;
c) Buscar maior apoio das paróquias e da Arquidiocese às CT’s presentes na Arquidiocese, se possível com a nomeação de um padre como capelão/diretor espiritual para cada CT.
d) Criar redes de contato para reforçar a comunicação e o acesso aos serviços públicos.
e) Motivar os agentes da Pastoral da Sobriedade e os representantes das comunidades terapêuticas e instituições afins a participarem dos conselhos municipais de direitos;
f) Favorecer a criação de grupos de apoio às famílias nos municípios que ainda não existem;
Com o nosso esforço na concretização destas metas e contando com a graça de Deus que nunca falta, esperamos, ao fortalecer a rede de atenção, crescer na qualidade dos serviços oferecidos às pessoas e famílias ainda fragilizadas pelas drogas e outras dependências.
Mariana, 27 de junho de 2016