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Catedral Basílica Metropolitana de Mariana é reaberta após quase sete anos

16 de dezembro de 2022 Arquidiocese

Foi com a música “Ave Maria” que as portas da Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção, “a mãe de todas as igrejas de Minas Gerais”, como destacam os religiosos, foram reabertas aos fiéis, leigos(as), autoridades da Igreja e do município, na tarde desta quinta-feira, 15 de dezembro, durante o ato civil realizado pela Arquidiocese de Mariana. 

Estiveram presentes, na solenidade de reabertura da Catedral da Sé, o representante da empresa ANIMA, responsável pela reforma, Arthur Coelho, o Pároco e Reitor da Catedral, Padre Geraldo Dias Buziani, o Prefeito interino de Mariana, Ronaldo Bento, o Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais,  Débora França, o ex- Pároco da Catedral, Cônego Nedson Pereira de Assis, bem como jornalistas da imprensa local, regional e nacional.

Além dos fiéis, que fizeram questão de prestigiar esse momento histórico para os marianenses, como é o caso da Eni Gabriel Estevan, nascida no distrito de Bandeirantes, e que frequenta as missas na Catedral desde criança. “Estou emocionada demais, estou até com vontade de chorar. É muito lindo a gente ver a nossa Igreja Mãe, a nossa mãe, o nosso espaço maior. Fui batizada e crismada aqui. Meus filhos foram batizados aqui, minhas netas foram batizadas aqui, meu filho casou-se aqui. Então, a gente fica muito emocionada, muito feliz”, destacou Eni, pontuando que a Catedral a lembra de Dom Luciano e dos demais párocos que passaram pela Basílica.

Foto: Marina Ferreira/Câmara Municipal de Mariana

A marianense de coração e professora aposentada, Sueli Magalhães Elias Gomes, também compareceu ao ato civil. Contando que participa das atividades da Igreja desde jovem, ela se emocionou ao recordar os momentos que vivenciou na Catedral. 

“Um sentimento que chega a palpitar o peito. Aqui, em 1975, a gente participou de um curso de Emaús para jovens. Esse curso mudou a vida da gente. E a gente tinha uma estrutura bacana, porque éramos jovens, com uma realidade diferente de hoje, não tínhamos telefone celular. Então, o que a gente tinha era a Igreja viva e a gente fazia parte disso. E chegar aqui hoje, nesse esplendor, e pegar essa direita onde eu tocava o violão, o meu marido tocava o violão, o Rafael tocava o violão, e a gente cantava com o coração assim cheio de muita emoção. As pessoas, muitas vezes, vinham à missa por causa desse grupo que cantava. Então, a gente falava de Cristo para todo mundo através da música”, recordou. 

Sueli também contou que estava almoçando na manhã de quinta-feira, dia 15, quando escutou os sinos da Catedral e ficou muito feliz quando viu que ela estava sendo reaberta. 

“Eu estava almoçando, ao meio dia, e esse sino bateu. Sinceramente, isso tocou profundamente a alma, porque isso estava adormecido… as pessoas passam aqui e fazem o sinal da cruz. Eu tenho quatro filhos e meus filhos crismaram aqui, fizeram catequese, eu fui catequista, várias atribuições a gente fez aqui nesta Arquidiocese. Tínhamos momentos fortíssimos de adoração ao Santíssimo. Na Quinta-feira Santa, essa igreja ficava cheia de gente, nem o medo de estarmos aqui meia-noite nos tirava da oração. Estar aqui hoje, vendo o trabalho desse povo, o trabalho maravilhoso que esse povo fez, é muita alegria. Eles estão cantando essa Ave Maria, e isso veio me trazendo assim um orgulho de ser de Maria, de ser da Assunção”, contou Sueli. 

Foto: Marina Ferreira/Câmara Municipal de Mariana

Emocionada com a reabertura, Sueli lembrou de sua mãe, que sonhava em presenciar a reabertura da Catedral da Catedral da Sé. “A minha mãe descobriu o câncer dela, porque a Catedral fechou e ela tinha que subir o morro do Carmo. Então, ela sonhava com a abertura dessa Catedral. Ela queria de qualquer forma estar presente nesta cerimônia e Deus não deixou, [mas] ela está vendo lá de cima”, apontou. 

Sueli também contou que casou-se na Catedral e, por isso, sempre vai ter um grande carinho pelo local. “Nossa história de juventude, de casada, eu acabei casando com um Emanuíta, a gente tem 44 anos de casados e 46 anos de história de fé na Catedral. Para você ter ideia, o meu marido passou na frente da Catedral, com meu irmão, e falou assim: ‘vamos lá que nós vamos crismar’. Naquela época não tinha nem preparação para isso. Então, tudo é história, tudo é amor, é gratidão”, destacou.

Fotos: Marina Ferreira/Câmara Municipal de Mariana

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