O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse na manhã do dia 26 de novembro que a complexidade da conjuntura deve ser compreendida no horizonte da doutrina Social da Igreja. Tendo em vista esta necessidade, dom Walmor apresentou o grupo que vai coordenar o processo de produção de análise de conjuntura social, política, econômica e eclesial brasileira, um serviço que a CNBB vai oferecer periodicamente aos bispos brasileiros.
O grupo será composto por dois bispos, sendo dom Francisco Lima Soares, da diocese de Carolina (MA) e o bispo de São Carlos (SP), dom Paulo César, dois padres, Paulo Renato e Marcus Barbosa, e oito professores das Pontifícias Universidades Católicas (PUCs) do Brasil. As análises do grupo focarão em duas dimensões: social e eclesial e estarão vinculadas ao Instituto Nacional de Pastoral, órgão vinculado à CNBB. O grupo tem a proposta de criar um “Observatório” da realidade.
De acordo com dom Francisco, graduado em Ciências Sociais e Econômicas pela Universidade Católica de Paris, o grupo já se reuniu duas vezes para elaborar a metodologia e a proposta de trabalho, dia 19 de setembro e 12 de novembro. Como proposta para amadurecer a metodologia, a agenda de trabalho e os temas a serem aprofundados, o grupo está propondo um seminário dias 11 e 12 de fevereiro de 2020.
Dom Francisco disse que a proposta inicial do grupo é produzir análise de conjuntura bimensal, a ser divulgada no portal da CNBB e enviada aos bispos e também análises sob encomenda e mais pontuais.
Dom Paulo César, também membro da Comissão para a Educação e Cultura da CNBB, apresentou a metodologia de análise da conjuntura eclesial. Segundo ele, o objetivo será oferecer aos bispos análises que permitam a compreensão mais profunda do momento que a Igreja vive. O bispo informou que o grupo buscará fazer uma análise global, regional e local, buscando ser crítica e propositiva e partindo dos documentos da Igreja, do magistério dos papas e dos documentos da Igreja no Brasil, especialmente das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023. “Faremos uma análise eclesial sempre à luz da fidelidade ao Senhor”, disse.
Os bispos e membros do Conselho Permanente colocaram a necessidade de a Análise contemplar a diversidade de perspectivas mas ter um centro unificador, ser mensal, buscar relacionar a análise às propostas que tramitam no Congresso Brasileiro e também procurar fazer análise mais estruturais, a exemplo do projeto “Pensando o Brasil”.
Fonte: CNBB