Mais de 100 pessoas da Comissão Pró Asfalto MG 280 estiveram em Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira (19), na Assembleia Legislativa para reivindicar o asfaltamento da MG 280 nos dois trechos: Dores do Turvo a Alto Rio Doce (26 km) e Divinésia a Paula Cândido (14 km). Padres, prefeitos, vereadores e o povo das cidades de Alto Rio Doce (Abreus), Dores do Turvo, Senador Firmino, Divinésia, Paula Cândido e Viçosa lotaram o Plenário 2 da assembleia e ainda outro plenário amplo, em que acompanharam pela TV.
A Audiência Pública foi coordenada pela presidente da Comissão de Educação, deputada Beatriz Cerqueira. Estiveram presentes o deputado federal Padre João, os deputados estaduais Léo Portela, Ione Pinheiro, Cristiano Silveira e Cleitinho, além do representante do DEER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagens), João Afonso Machado.
“Será feito um relatório sobre as decisões da Audiência e será entregue às mãos do governador Romeu Zema. Foram homologadas as licitações e contratadas as empresas CONTEK (Alto Rio Doce a Dores do Turvo – R$ 45.805.707,37) e OPACO (Divinésia a Paula Cândido – 18.163.072,08). Falta o encerramento da Licença Ambiental, que não é óbice para o início da obra. Estamos encaminhando dois pedidos ao governador: Captação do recurso e depósito do dinheiro e início imediato das obras”, explica o pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Dores do Turvo, padre Jorge Nato.
Reinvidicações
A Comissão Pró Asfalto foi criada em 2015 por lideranças comunitárias e políticas e pede o asfaltamento de 40km de estrada da MG 280, sendo 26km entre os trechos de Dores do Turvo e Alto Rio Doce e 14km entre Paula Cândido e Divinésia. Em época de chuva, os moradores não conseguem atravessar o trecho, ocasionando em interrompimento no transporte escolar, por exemplo, e, até mesmo, em perda econômica para os produtores da região que não conseguem levar seus produtos para venda.
“A Comissão Pró-asfalto, reúne, mensalmente, em torno de 40 pessoas, cada vez num dos municípios do eixo da Rodovia. Além das reuniões, a Comissão promove mobilizações, audiências, panfletagens. Realiza debates sobre saúde, educação, produção, trabalho, percebendo que tudo isso tem a ver com o transporte. Quantas pessoas não chegaram ao hospital de Ubá em tempo por causa da condição da estrada? Quantas vezes o carro escolar fica atolado no barro? Quanto leite perdido devido às péssimas condições da estrada? Quantas oportunidades de trabalho se perdem? Nessa nossa luta, ainda não conseguimos o asfaltamento do pequeno trecho da MG 280. Uma política pública elementar. Mas aprendemos ser sujeitos. Sabemos que a participação faz muita diferença”, escreveu o padre Antônio Claret, expondo a situação numa postagem no Facebook.
Fotos: Comissão