Neste sábado, dia 28 de dezembro de 2024, o Padre Antônio Gualberto Monteiro completa 40 anos de vida sacerdotal. Ao todo são 73 anos de vida consagrada. Em sua homenagem o Padre Paulo Dionê Quintão escreveu uma bela e breve biografia de sua vida:
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Da Vida Religiosa ao Sacerdócio
Viçosa e eu estamos encantados por conhecer mais de perto o PADRE ANTÔNIO GUALBERTO MONTEIRO. Mais de perto sim, pois já o conhecíamos, nutrindo por ele uma admiração que sempre nos fez tão bem aos jardins de nossa alma. Trata-se, de fato, de um Sacerdote diferenciado trazendo sempre uma palavra de ânimo, conservada no calor de um coração palpitante de amor à Eucaristia, a Nossa Senhora e à Igreja.
Nascido a 12 de julho de 1936, em Ribeirão de Santo Antônio, distrito de Brás Pires, iniciou sua formação acadêmica lá mesmo em sua terra natal. Diante do convite para ingressar numa determinada Congregação Religiosa, desde que concluísse o Ensino Básico, sem delongas, em Dores do Turvo, o jovem vocacionado cumpriu o que lhe foi pedido. Contudo, a agenda do Senhor da Messe e Pastor do Rebanho apontava para um outro caminho. Devia mesmo ser a Companhia de Jesus, os Jesuítas. O instrumento nas mãos do Senhor foi o Padre Arlindo Vieira, SJ. O Povo de Ribeirão de Santo Antônio estava embevecido com a cativante pregação do Missionário Jesuíta que, com seu olhar clínico, vislumbrou os sinais de uma verdadeira vocação no jovem Antônio.
Aqui começa um novo capítulo que perdurou por 33 anos. De Nova Friburgo a Itaici (1951-1964); Ipatinga (1964); Belo Horizonte (1969-1973); São Paulo (1974-1984).
A saga de um Irmão Religioso Jesuíta que se tornou Padre. Um novo capítulo em sua História. Mais do que um novo capítulo, é a concretização de um sonho. Um “Sim” dado ao Senhor, por parte de quem sempre sentiu o chamado ao Ministério Sacerdotal. Era o dia 28 de dezembro de 1984. As mãos de Dom Paulo Evaristo, Cardeal Arns e a Oração Consecratória o tornaram Padre para toda a eternidade, 34 anos após a conclusão do Ensino Básico. A cidade é a mesma: Dores do Turvo!
Quem consegue explicar os arcanos desígnios de Deus? Aquele menino de Ribeirão de Santo Antônio agora é um Padre segundo o Coração de Jesus. Numa época em que tudo era mais difícil. Estudar, onde? As Escolas eram escassas… Da escassez a uma estranha proibição: Irmãos Religiosos Consagrados não podiam evoluir em sua formação acadêmica. Não podiam prosseguir além das etapas de formação acadêmica já conquistadas.
“Deus nos ama e procura para nós o melhor. Entreguemos nossa vida em Suas Mãos”. Esta máxima do Servo de Deus Dom Luciano foi o diapasão que afinou a orquestra de sua vida, pois o Padre Antônio não se acomodou. Correu atrás de seu ideal e o concretizou.
Não fora a determinação em dizer “Sim” aos apelos de Deus em sua vida, estaríamos privados de QUARENTA ANOS de um Ministério profícuo e benfazejo que já gerou tantas vocações para a Igreja de Cristo, basta recordar o testemunho do Padre Fabrício Lopes Fernandes que disse em alto e bom tom: “O Padre Antônio acreditou em mim. Por isso, hoje sou Padre”.
Faz cócegas em nossa alma escutar o Padre Antônio dizer cheio de alegria, que atualmente está vivendo um novo capítulo em sua vida, sob a intercessão de Santa Rita de Cássia, nesta nossa amada e sempre Viçosa. Eis o testemunho de quem passou DA VIDA RELIGIOSA AO SACERDÓCIO!
Texto: Padre Paulo Dionê Quintão – Pároco de Santa Rita de Cássia, em Viçosa (MG)