“Esse é um dia feliz para todos nós”, exclamou o Arcebispo Dom Airton José dos Santos ao iniciar sua homilia neste Domingo da Ressurreição de Jesus Cristo. O adro da imponente Igreja São Pedro dos Clérigos, em Mariana (MG), acolheu centenas de fiéis para a Santa Missa das 9h, seguida da piedosa Procissão da Ressurreição com o Santíssimo Sacramento em direção à Catedral da Sé.

Após a noite chuvosa do Sábado de Aleluia, 19 de abril, o Domingo de Páscoa amanheceu com o sol radiante, assim como o povo de Deus que subiu a colina para assistir à Celebração Eucarística.

A cerimônia foi presidida pelo Senhor Arcebispo e concelebrada pelos sacerdotes: Padre Marcelo Moreira Santiago, Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Mariana (MG); Padre Geraldo Dias Buziani, Pároco e Reitor da Catedral; Padre Geraldo Luzia do Carmo, Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Mariana (MG); Padre Lucas Muniz Alberto, Diretor Espiritual do Seminário São José; e Monsenhor Celso Murilo Souza Reis, Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Mariana (MG).

Fazendo referência a uma frase dita na Vigília Pascal do dia anterior, 19 de abril, Dom Airton afirmou que a ressurreição de Cristo superou, e muito, a criação do mundo.

“A partir da ressurreição de Nosso Senhor, a criação do mundo e a criação humana foram ressignificado. Não é mais aquilo que era no passado, agora é um tempo novo. Viver a ressurreição de Cristo é viver de modo novo”, reiterou o prelado.

Ainda na oportunidade, ele expressou que se cremos na ressurreição devemos procurar o que é eterno e permanente, e por isso precisamos ter cuidado com as coisas desse tempo. Dom Airton alertou para as coisas que mudam com muita facilidade, como mentiras transformadas em verdade e falsas situações apontadas como esperança nos decepcionando.

“É preciso ter a confiança naqu’Ele que pode garantir a confiança, que é Jesus Cristo. E como podemos ter certeza disso, queridos irmãos e irmãs? Pela fé! É a fé exigida de nós hoje. E a fé não é conhecimento científico, fé é fé”, sublinhou.

Ao final da Missa foi formada a piedosa procissão com os numerosos fiéis presentes, os Ministros da Eucaristia, o figurado bíblico e a Confraria do Divino Espirito Santo. Tiveram destaque as bandas 15 de Julho e União 15 de Novembro, que abrilhantaram sonoramente o trajeto da peregrinação.

Exclamando “graças e louvores sejam dados a todo momento, ao Santíssimo Digníssimo Sacramento”, a multidão passou a praça da Igreja de São Pedro e ingressou na rua Dom Silvério. Sobre os tradicionais tapetes de serragem e já ao som dos sinos da Catedral, que parecia dizer seu desejo em recebê-los, os filhos de Deus intercalaram entre orações e cantos.

A praça Minas Gerais e suas duas igrejas ouviram a procissão entoar a canção “Noites Traiçoeiras”, que um pouco abaixo, na rua Direita, deu espaço para ecoar nas paredes do casario a música “Eu Navegarei”.

Com a chegada na Catedral, foram feitas preces e orações diante do Santíssimo Sacramento que repousava sobre o baldaquino. O Arcebispo concedeu a benção do Santíssimo e agradeceu a todos que participaram e colaboraram para a realização da Semana Santa 2025.

Ana Beatriz Novais Marques há 40 anos vive a Semana Santa em Mariana (MG). Na oportunidade, ela expressou que quanto maior é seu envolvimento na sua paróquia, maior é graça de Deus em sua vida. A membro do Ministério dos Leitores afirma que sua maior alegria é poder servir. Ela confidenciou que durante a subida para a Santa Missa pôde ouvir um casal falar como a fé emociona, e isso a tocou.

“A fé emociona, ficamos emocionados em ver tantas pessoas que confiam e buscam a graça de Deus, que só Jesus Cristo tem e que na sua ressurreição experimentamos isso”, disse Ana Beatriz.

Em mensagem às redes sociais da Arquidiocese de Mariana, Padre Geraldo Buziani também expressou sua gratidão as equipes e colaboradores da Semana 2025, e em especial, a Prefeitura Municipal de Mariana, que por meio da Secretária de Patrimônio, Cultura e Turismo, apoiaram a realização das cerimônias e solenidades.

Texto e fotos: Paulo César Gouvêa/Arquidiocese de Mariana