A primeira etapa da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai chegando à sua conclusão, em Roma, e a Igreja aguarda a síntese das reflexões sobre a sinodalidade que ocorreram nas últimas três semanas. O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, participa do Sínodo e concedeu entrevista direto de Roma.
Ele partilhou sobre a experiência da participação no sínodo e considera o verbo escutar como uma palavra fundamental que permeou toda a vivência desses dias. A entrevista é fruto da parceria da Assessoria de Comunicação da CNBB com a jornalista Nilza Maia da TV Canção Nova de Roma, com trabalhos técnicos de Leonardo Vieira.
Na entrevista, o presidente da CNBB fala sobre os temas que mais ecoaram nesta primeira fase da etapa universal do Sínodo sobre a Sinodalidade, com destaque à importância das instâncias de comunhão, como os conselhos pastorais e econômicos. Ele também reflete sobre as dimensões da comunhão participação e missão, que expressam aquilo que se espera de uma Igreja sinodal. Dom Jaime também comenta sobre o método da conversação espiritual adotado no sínodo e as expectativas para o documento síntese em preparação para a última etapa em 2024.
“Aquilo que foi ali construído, certamente é expressão de muita alegria, de muitas esperanças, mas também não faltam os sinais das dores e angústias do nosso povo. Transformar tudo isso num texto que possa retornar às nossas comunidades para ser rezado, dialogado, debatido e aprofundado, afim de que, depois, na segunda sessão do sínodo os diversos delegados possam trazer essa repercussão novamente para a sala sinodal, eu creio que é algo extraordinário, muito bonito, mas ao mesmo tempo é expressão de um trabalho intensíssimo que ainda teremos pela frente”.
Com destaque à escuta, dom Jaime recordou a orientação do Papa Francisco desde que iniciou o processo sinodal, para “que nos exercitemos na escuta: escutar os anseios, as alegrias, dores e angústias”.
A experiência do Sínodo, segundo dom Jaime, convida à compreensão “do ser católico hoje”, o que consiste “não só a pertença a um credo religioso, mas alguém que participa de um processo de escuta do todo em vista de uma síntese que corresponda, por assim dizer, àquilo que o tempo presente está solicitando de nós e de nossas comunidades”.
Confira a entrevista na íntegra:
Texto e imagem: CNBB