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Famílias atingidas de Congonhas avançam no direito à creche segura

03 de dezembro de 2019 Arquidiocese

Uma audiência de conciliação da Creche Dom Luciano foi realizada na manhã desta segunda-feira (2) no Fórum Municipal de Congonhas. Representantes da CSN, da prefeitura e do ministério público participaram da audiência. Também foi permitida a entrada de uma comissão, que acompanhou a reunião do saguão interno.

Os atingidos, organizados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), permaneceram mobilizados durante toda a manhã na porta do Fórum. Além deles, os padres Paulo Barbosa, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, e Geraldo Barbosa, da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana, juntamente representantes de associações, sindicatos e ambientalistas também estiveram presentes.

Na audiência foi definido que a CSN terá até a próxima sexta-feira, 6 de dezembro, para responder sobre demanda de imediata construção da Creche. Caso a empresa não entre em acordo, a juíza da Comarca de Congonhas, dr. Flávia Generoso de Mattos, irá decidir judicialmente. Ao término da reunião, o promotor, dr. Vinicius Alcântara,  que vem acompanhando e apoiando a organização do povo, leu a ata e destacou que “o momento foi um passo importante”.

Para o padre Paulo Barbosa, essa audiência foi uma expressão de luta, organização e sensibilidade do povo. “Foi muito bonita a participação do povo na busca da resolução para a creche Dom Luciano”, disse.

A Creche

A Creche Dom Luciano, que atendia 130 crianças no bairro Residencial, foi fechada no início do ano por causa do Complexo de Barragem Casa de Pedra da CSN, que acumula 107 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério.