No próximo dia 1º de agosto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, em parceria com a Ajuda a Igreja que Sofre (ACN) no Brasil, promovem o Dia de Oração e Missão pelos Cristãos Perseguidos.
A discriminação e a perseguição com base na crença religiosa são um fenômeno crescente em todo o mundo. A liberdade religiosa é violada em quase um terço dos países do mundo (31,6%), onde vivem dois terços (67%) da população mundial – aproximadamente 5,2 bilhões de pessoas. Por trás dos conflitos mais violentos do mundo estão aqueles que manipulam a religião na busca pelo poder, seja ele político, econômico ou social.
Não há somente uma religião que seja perseguida ou mesmo manipulada. Dependendo da localidade, uma se sobressai como alvo de ataques que vão desde frases discriminatórias a atos de violência gratuita e sem sentido. Mas, no geral, os cristãos ainda se mantém no topo das estatísticas como o grupo religioso mais perseguido e odiado do mundo.
O gesto de oração continua no próximo dia 6 de agosto, data na qual se celebra a 8ª edição do ‘Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos’. Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a ACN, sigla em inglês para Ajuda à Igreja que Sofre, promove essa iniciativa convidando todas as paróquias e comunidades cristãs do país a participarem. Rezar é dizer que nos importamos e que estamos ao lado dos irmãos que pagam um alto preço por acreditarem em Jesus.
O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos ocorre anualmente no dia 6 de agosto em referência à mesma noite de agosto de 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. A região concentrava 25% dos cristãos do país e também reunia algumas minorias muçulmanas ameaçadas. A fuga ocorreu à noite, com milhares de pessoas caminhando pelas estradas em direção às cidades curdas de Erbil e Dohuk. “Cerca de 100 mil cristãos, aterrorizados e em pânico, fugiram de suas casas sem nada, somente com as roupas do corpo, a pé, rumo às cidades curdas. Entre eles havia doentes, idosos, crianças e mulheres grávidas, precisando de água, comida, medicamentos e um lugar para ficar”, declarou na ocasião o Patriarca Louis Raphael Sako, chefe da Igreja Católica Caldeia.
Texto e imagem: CNBB
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