Neste mês de maio, dedicado a Maria, Mãe de Jesus, a live formativa de segunda-feira, 05 de abril, trouxe a reflexão sobre a importância da presença da mulher a serviço da vida, com o tema: “Maria, Mulher a Serviço da Vida”.

Para acolher a todos, as leigas Leci Nascimento, Dilma Ferraz e Flávia Ribeiro deram as boas-vindas, convidando a cada um a ouvir a música “Maria de Maio”, na voz do cantor Zé Vicente.

“Deus te salve, Maria de Maio!
Das flores nos campos, de estrelas no céu.
Deus te salve, Maria de Maio!
Das mães, das novenas, dos cantos de amor”.

Elas ainda chamaram os participantes a relembrar àquelas mulheres que se fizeram presentes na luta por justiça e pela paz e contra todo tipo de violência, além daquelas que estão sempre presentes na Igreja e que enfrentam os desafios diários que Deus as confiou. Além disso, houve uma oração especial para que as decisões do Conclave, na escolha do novo Papa, seja conforme a vontade de Deus.

Logo após, o Assessor Arquidiocesano de Pastoral, Padre José Geraldo de Oliveira, apresentou o convidado do encontro, o Assessor do Conselho do Laicato da Arquidiocese de Mariana (CLAM) e Pároco da Paróquia São João Batista, em Matipó (MG), Padre José Antônio de Oliveira.

Padre José Geraldo de Oliveira

Padre José Antônio, ressaltou a sua devoção a Maria Santíssima, herdada por seu pai já falecido, e por outros sacerdotes que deram o exemplo para ele do silêncio de Maria, pois era “diante dos mistérios de Deus, que a Mãe de Jesus os guardava e os meditava no silêncio do seu coração”. Depois, compartilhou a oração da Mãe do Silêncio.

Ele também trouxe relatos de vários outros devotos da Virgem Maria, de modo especial, o Papa Francisco, que sempre ia à Basílica de Santa Maria Maior fazer suas orações antes e depois de suas viagens apostólicas. O papa deixou ensinamentos marcantes para os cristãos de amor a Mãe de Deus, como:

“Maria é mais Mãe do que Rainha, uma discípula perfeita, aquela que se deixou guiar pelo Espírito Santo em todos os momentos de sua vida. Um cristão sem Maria, é um cristão órfão. Nós somos filhos de Maria e Ela nem sempre conduz os filhos para os caminhos mais seguros, porque dessa maneira a gente não cresce. Então, como Mãe ela nos permite a caminhar nos caminhos mais ariscados e isso não é um desleixo, mas é para ajudar a amadurecer. Uma mãe sabe equilibrar essas coisas, a proteção e, também, os riscos. Uma pessoa que não sabe enfrentar os desafios não amadurece”.

Padre José Antônio reflete sobre a figura masculina de Deus, porém evidencia que Ele também é um Deus materno que cuida de seus filhos, além disso, em cada lugar que o cristão esteja, ali está uma imagem de Nossa Senhora para ser reverenciada.

Padre José Antônio de Oliveira

Segundo ele, Maria ensina que o trabalho do lar tem seu valor diante da sociedade, e cita a desvalorização desse trabalho da mulher, que cuida da casa, dos filhos e, muitas vezes, não é reconhecida pelo seu esforço, cuidado e dedicação à família e ao lar. “O fato de você trabalhar para fazer da sua casa um lar já é uma coisa muito importante. É um trabalho muito digno e tem que ser valorizado”, destaca Padre José Antônio.

O sacerdote acentua que Maria, com sua humildade e simplicidade, mostra que todo trabalho é digno desde o mais simples até os mais elaborados e que, mesmo recebendo o anúncio de que seria Mãe do filho de Deus, Ela não se acomodou, saiu, em missão, para visitar sua prima Santa Isabel.

Para ele, “diante de sociedade machista, misógina e capitalista o apoio das mulheres às suas companheiras é muito importante”, pois Maria sempre esteve atenta às necessidades dos outros, assim como na festa de casamento nas Bodas da Caná, “Maria estava ali para aproveitar a festa, mas, também, estava atenta para que tudo desse certo, um exemplo para nós”.

Durante toda sua trajetória, Maria não teve nenhum tipo de conforto, principalmente na hora de trazer o Salvador ao mundo. Outras vezes, ela se encontrava fugindo para proteger seu filho das maldades alheias ou estava a serviço de algo ou alguém. Por último, foi encontrada com espada perpassando sua alma ao ver seu filho sendo torturado, crucificado e morto.

“Quantas mães passam por isso. Maria é, desse modo, um exemplo de pessoa forte, resiliente, perseverante e sempre confiante. Porém, revolucionária de acordo com o seu cântico do magnificat, que ‘eleva os humildes e derruba os poderosos de seus tronos’”, destaca Padre José Antônio.

A participação das pessoas no chat foi bastante intensa. Para Maria Bifano, “Padre José Antônio falou com muita propriedade sobre Maria, como uma mulher de verdade, tão simples e, ao mesmo tempo, tão especial”. Já Maria Helena de Oliveira evidencia que foi uma “ótima e rica reflexão e que Maria nos proteja e nos dê forças e perseveranças em nossa caminhada”. O Márcio Morais destaca que “devagar vamos ocupando vários espaços, Papa Francisco abriu portas. Vamos continuar avançando, como Maria, com simplicidade, coragem e criatividade”.

Padre José Geraldo encerrou o encontro lembrando que a próxima live será dia 02 de junho e o tema será sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, com o Coordenador Arquidiocesano do Apostolado da Oração, Padre Euder Daniane Canuto.

Por fim, Padre José Geraldo salienta que os roteiros para os grupos de reflexão do mês de junho serão sobre o Sagrado Coração de Jesus e solicita a ajuda de todos na divulgação à devoção a Ele: “Todo o Apostolado da Oração está convidado a fazer o roteiro do grupo de reflexão”.

Em maio, mês dedicado a Maria Santíssima, a Igreja celebra a figura da Mãe de Jesus como um exemplo sublime de serviço à vida. Maria se entregou completamente aos planos de Deus, tornando-se um modelo de cuidado e amor que nutre e protege a vida em todas as suas formas. Sua dedicação incondicional inspira a todos a colocar-se a serviço da vida, seguindo seus passos.

Texto: Dacom/Arquidiocese de Mariana

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